Saúde

Doadores e receptores falam da experiência do transplante de medula óssea



Doadores e receptores falam  da experiência do transplante  de medula óssea
Foto: Marcelo Melo antes do procedimento cirúrgico

É doando que se recebe não é o ditado popular escrito da forma correta, mas, é sem sombra de dúvidas, a melhor definição para doação de sangue, medula óssea ou órgãos. Para averiguar a veracidade dessa afirmação basta observar as expressões de quem doa e também de quem recebe. Um ato que salva vidas e gera alegria para todos os envolvidos. 
Coube a Fernandópolis, cidade do Projeto Seja um Herói, viver duas histórias sobre o milagre da vida: a do Marcelo, doador de medula, e a de Lilian, receptora. 
“Cirurgia da doação de medula óssea concluída com sucesso. Obrigado meu Deus, a glória é toda sua. Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram, em especial minha amada noiva Aline Cabral, que está comigo desde o início deste processo e ao meu irmão Tiago Melo”, postou o fernandopolense Marcelo Melo em sua rede social após realizar o procedimento para doação de medula óssea em fevereiro passado.
Seis meses depois do procedimento, quando questionado sobre o ato, ele apenas diz:
“Para mim foi maravilhoso. E se precisar passar por outra situação dessas, vou de novo. Repito o ato com muito amor. E não mediria esforço para repetir essa doação”.
Para Marcelo Melo, a única coisa que enfrentou durante todo o processo foi a ansiedade já que considerou todos os procedimentos simples e a recuperação rápida. Segundo ele, uma semana de repouso já foi suficiente para torná-lo apto ao retorno às suas atividades diárias. Ele disse que esperou seis anos para ser chamado e quando foi convocado, achou que se trataria de um trote. 
“Você fica com uma pulga atrás da orelha quando vê alguém do Rio de Janeiro te ligando. Mas procurei saber direito se era mesmo a verdade e o Hemocentro disse que sim”, brincou Marcelo.

Lilian Alves de Lima no Hospital de Base de São José do Rio Preto antes do procedimento cirúrgico

A fernandopolense Lilian Alves de Lima, de 33 anos, esperou meses por um doador de medula óssea compatível com a dela. E quando o encontrou, expressou a sua alegria de todas as formas possíveis. Fé, gratidão e esperança se misturaram para formar a melhor definição do que ela chama de milagre. 
“Gratidão ao meu doador que salvou a minha vida, que vai salvar a da minha filha e a da minha família e de todos aqueles que me amam. Sou muito grata a tudo que a minha família tem feito”, destacou.
Assim como Lilian, outros pacientes com problemas de saúde parecidos sabem que a corrida deles é como um carro predestinado a fazer um percurso. Só que no caso deles, se uma pecinha não for substituída a tempo, este trajeto poderá nunca ser concluído. 
“É muito gratificante saber que eu fui privilegiado em poder ajudar o próximo. E o meu desejo é que as pessoas também fizessem parte desse processo indo ao Hemocentro para fazer o cadastro para poder fazer o eu fiz. Para quem vive com essa doença, sabe o quanto ela é dolorosa e a luz que existe no fim do túnel é o doador voluntário”, concluiu Marcelo Melo.