Geral

É tempo de assumir posições; temos que ter lado



Hoje em dia não dá para ficar em cima do muro. Acabou aquela época em que, confortavelmente, assistíamos a tudo, como meros expectadores. Essa aparente imparcialidade apenas contribui para manter o país nesta terrível situação que vivemos. Inertes, somos parte da dificuldade. Se quisermos ser a solução, devemos tomar partido, agir. E ao atuar é necessário simplificar os problemas, não sofisticar a procura pelas resoluções.
Pois bem. Eu escolhi o meu lado (ou os meus lados). Estou disposto a pagar o preço pelas minhas escolhas. Preparei-me para isso. Abertamente, falo de minhas posições e trabalho por elas, a torná-las o mais simples possível.
Sou a favor da polícia (civil e militar), sempre. Escuto o policial. E o que ele diz interfere (e muito) nas minhas decisões. Defendo o bom policial. Não aceito acusações infundadas contra policiais. Quem faz isso compra briga comigo. E, ao contrário dos críticos de agora, aplaudo efusivamente a polícia federal, que tem feito um trabalho exuberante neste país.
Solidarizo-me com vítimas. Se pudesse, sairia da magistratura e montaria uma associação de vítimas de crimes. Neste país, defendem apenas criminosos. Poucos se importam com filhos órfãos, com pais sem filhos, com as famílias destroçadas por crimes bárbaros.
Sou adepto da pena de morte para crimes cruéis, principalmente contra crianças. Não acredito na recuperação de determinados criminosos. Não sou hipócrita para ficar defendendo a vida de infanticidas, quando não sou eu que sofro com a perda de um ente querido num crime cruel. Aprendi muito a respeitar a dor das vítimas e me colocar no lugar delas.
Sou avesso às explicações ‘sociais’ dos problemas brasileiros. Porque tais esclarecimentos exageram. Não que não existam as ditas questões sociais. Mas os estudiosos reduzem tudo ao social. É como se as pessoas não pudessem escolher entre o certo e o errado. Dizem que o bandido rouba porque não tem emprego. Isso é um absurdo.
Torço o nariz para esse modelo paternalista de Estado. Cesta básica para isso. Bolsa disso, daquilo outro. Remédio de graça até para gente que tem dinheiro. Resultado: muitos não querem trabalhar. Ficam dependentes do Estado. E, depois, o voto na eleição vai para aquele que promete mais paternalismo.
Sou favorável a toda e qualquer religião cristã. Respeito padres e pastores. Reverencio quem prega o cristianismo. Prostro-me como pecador diante dos ensinamentos bíblicos. Assim, sou contra os críticos da religião.
Sou contra o comunismo e o socialismo. Depois de muito estudar, definitivamente, tais modelos políticos não me convencem. Em resumo, porque aniquilam a liberdade das pessoas; tentam impor a igualdade goela abaixo, por coação, atribuindo bens a pessoas que não trabalham; e, retiram o critério do merecimento da sociedade.
Acho uma aberração (além de ser crime, pela lei brasileira em vigor) invasões de terras e de prédios públicos. Esses invasores, nostálgicos da ditadura, transgridem a lei e deveriam receber punição do Estado. Os líderes (que são comunistas) manipulam gente simples, humilde, para objetivos políticos. E eles, os líderes políticos desses movimentos, ficam nessa ladainha de reforma agrária, que não passa de pano de fundo para implantar o comunismo no Brasil. Passou da hora de dar um basta nos movimentos baderneiros. Eu defendo a propriedade privada, porque está na Constituição, e a também propriedade do povo (os prédios públicos).
Sou contra a estabilidade do servidor público. Isso só favorece o mau funcionário, aquele que não trabalha, vive tirando licença e, quando está na repartição, é ineficiente, mal educado e arrogante com o público. O bom servidor público não precisa de estabilidade. E temos bons, excelentes, servidores. Eles se garantem, pela sua competência.
Obedeço aos poderes constituídos. Devemos ainda respeitar quem ocupa a chefia do Poder Executivo e quem tem mandato no Poder Legislativo, em todos os níveis. Parar com essa mania de achincalhar as pessoas que estão em postos de poder do Estado. Na psicose desmedida da crítica, neste país, muitos agridem verbalmente autoridades; partem para a humilhação e o rebaixamento, pura e simplesmente. Isso nada contribui para melhorar as coisas. Posso não gostar do Presidente da República, por sua política, mas isso não me dá o direito de zombar dele, da figura de sua pessoa, de seus aspectos físicos. Eu o respeito pela autoridade que o povo deu a ele, e cumpro as ordens dele, enquanto ele estiver no cargo máximo da República.
Estou do lado do trabalhador. Daquele que levanta cedo e passa o dia para, honestamente, receber o seu salário e cuidar de sua família. Essa pessoa, para mim, merece consideração. Deve ser dignificada.
Respeito os empresários. Admiro quem trabalha, gera empregos e paga impostos. Fico revoltado quando vejo alguém dizer que o empresário só pensa nele e nos seus lucros. Esses críticos esquecem os empregos e os tributos da responsabilidade do empresário.
Aliás, sou contra muitos dos críticos de plantão. Esses que não fazem nada, a não ser falar pelos cotovelos. Não poucas vezes, a polícia e a justiça se retraem devido às línguas venenosas de gente que não tem o que fazer. E essas pessoas, os inermes, que só usam as próprias línguas, povoam todos os lugares, até os corredores do Fórum. Geralmente, a coragem não é um atributo deles, pois só falam pelas costas. E com todas as letras escrevo: se tem alguém culpado pelos bons cruzarem os braços, esse alguém é o fofoqueiro, o maledicente.
Enfim, é assim que penso, nesses temas. Entendo que devo, como servidor público, satisfação ao povo. Inclusive, sobre minhas convicções em temas de interesse comum, coletivo. Assumo meus ‘lados’, sem medo algum. Demorei, mas entendi o que Deus disse, na Bíblia: ele quer o frio ou o quente; o morno Ele cospe fora.