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Eles colocaram Fernandópolis no topo do mundo



Eles colocaram Fernandópolis no topo do mundo

Renan Moreno e Aparecido de Oliveira Junior, o Juninho da Academia Movimento, desfilaram em carro aberto pela cidade na última segunda-feira. Eles retornaram de Las Vegas, Estados Unidos, campeões mundiais de Levantamento de Peso. Colocaram Fernandópolis no topo do mundo.

Renan Moreno é tetracampeonato mundial. Foram quatro medalhas: Campeão Mundial no Supino – categoria júnior; campeão mundial no Levantamento Terra – categoria júnior; campeão mundial categoria open supino e medalha de prata na categoria open de levantamento terra. Juninho conquistou o título mundial pela primeira vez, na categoria máster, 45 a 53 anos. Ele levantou 220 kg, contra 210 do segundo colocado. Conquistou ainda o terceiro lugar (três medalhas de bronze) no supino ao cravar 190 quilos. No total, Renan e Juninho conquistaram oito medalhas: quatro medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze. Ambos integraram a equipe brasileira que disputou o campeonato mundial nos Estados Unidos. O Brasil levou quinze atletas e na classificação por equipe ficou em terceiro lugar.  No retorno a Fernandópolis, conversaram com a Rádio Difusora e jornal CIDADÃO. Veja a entrevista dos campeões mundiais: 


Renan, como foi a proeza de ser tetracampeão mundial no levantamento de peso nos Estados Unidos?
Renan Moreno – Olha, nenhuma das vezes foi fácil, teve bastante obstáculos, mas graças a Deus deu tudo certo. Eu quero agradecer todo mundo que acreditou no trabalho que fizemos o ano inteiro e que foi coroado com esta conquista. Fui em busca de defender o tricampeonato mundial. Levamos Fernandópolis ao topo. Agora é pensar no ano que vem. Para defender o título a gente precisa estar lá e vamos lutar para isso, treinar pesado, correr atrás de patrocínio para ficar tranquilo e só focar em treinar para defender o título que é de Fernandópolis e, se Deus quiser, trazer o pentacampeonato para nossa cidade. 
Juninho, pela primeira vez você conquista um título mundial. Como foi subir ao pódio e saborear essa conquista?
Juninho Oliveira –  Não foi fácil. Primeiro você tem que alcançar uma meta, ou seja, ser campeão brasileiro, depois torcer pela sua convocação e, por fim, arrumar o dinheiro para poder ir num campeonato desse porte. Valeu a pena, Graças a Deus, gostei muito de competir nos Estados Unidos. É algo muito importante para nossa cidade, um feito que nós conseguimos alcançar, teve muitos outros atletas do Brasil que não conseguiram ganhar nada. Graças a Deus, eu e o Renan Moreno conseguimos ser campeões mundiais.
O que representa integrar a Seleção Brasileira para a disputa do Mundial nos Estados Unidos?
Renan Moreno – Sem dúvidas nenhuma é a sensação que todo atleta sonha, é como se fosse no futebol e ser convocado para representar o país, uma honra enorme.
Como é sua rotina para conciliar os treinos, trabalho e família?
Renan Moreno – A rotina de treinos perto de competição é intensa, chego me dedicar cerca de 3 a 4 horas por dia, conciliando nos intervalos de tempo entre trabalho, família e amigos.
Esse resultado é fruto de um trabalho de equipe, não?
Juninho Oliveira – Com certeza, para alcançar esse feito tivemos apoios do deputado Gilmar Gimenes, Fausto Pinato, do prefeito André Pessuto, além de empresários que nos ajudaram a conquistar esse feito.
Renan, você chegou perto do recorde mundial de levantamento de peso em mundial anterior. E este ano, como foi o desempenho nas provas que participou?
Renan Moreno – Olha esse ano eu fui com o objetivo de atingir o maior peso já batido por mim em um campeonato mundial, mas devido o problema do voo e tudo mais, noites sem dormir, perca de peso, senti um pouco tudo isso, mas mesmo assim consegui uma marca expressiva de 240 kg no supino e 250 kg no levantamento terra, me tornando assim tetracampeão mundial.
Juninho, você ganhou esse título aos 48 anos. Foi superação?
Juninho Oliveira – Foi muito emocionante. Na hora da conquista, o Renan estava no apartamento descansando, já que a competição dele seria no outro dia, mandei um áudio pra ele, consegui, fui campeão mundial. Até ele não acreditava, porque entre 33 competidores másters eu consegui pegar o primeiro lugar. Não foi fácil, mas foi bom demais. É muita emoção.
O que o levou a escolher ser atleta de levantamento de peso? 
Renan Moreno – No país do futebol, é difícil ir para o lado do levantamento de peso, mesmo gostando bastante de futebol. Quando conheci o powerlifting (levantamento de peso) na academia Movimento, eu sabia que era o que eu queria.
Quais as etapas que precisa superar para carimbar o passaporte para o Estados Unidos em 2018?
Renan Moreno – Como me tornei tetracampeão mundial agora, eu tenho o direito de defender o título o ano que vem, mas durante o ano todo o técnico da seleção brasileira Vilmar Oliveira observa os destaques e convoca para o campeonato mais importante do ano, o mundial no EUA.
Com os títulos, está ficando mais fácil conseguir patrocínio para as disputas, ou ainda tem suar a camisa?
Renan Moreno – Sinceramente, ainda tem que suar muito a camisa, o país está passando por uma das piores crises financeiras da história, isso reflete em todo o canto. Assim como sentimos isso para conseguir apoio esse ano para disputarmos o mundial, foi no último minuto do segundo tempo, tivemos que correr e batalhar muito por isso, Espero que os empresários se mostrem mais receptivos em nos apoiar daqui pra frente, sem dúvidas isso nos ajudará muito.
Quais são suas metas? Aonde pretende chegar? 
Renan Moreno – Olha a minha meta sempre será conseguir fazer mais do que eu já fiz, tento competir comigo mesmo. Pretendo não parar por aqui, quem sabe o ano que vem eu me torne Pentacampeão mundial igual a seleção brasileira de futebol, se Deus quiser, farei de tudo para isso acontecer e trazer mais uma vez esse título para Fernandópolis e o Brasil.
Para o ano que vem, já tem planos?
Juninho Oliveira – Como conseguimos ser campeões mundiais a gente tem o direito de defender o título. A preparação vai ser diferente, para voltar no ano que vem e segurar esse título para Fernandópolis. Temos certeza que os fernandopolenses vão nos ajudar para novamente estarmos nos Estados Unidos para a defender essa conquista. 
A conquista premia o esforço de vocês?
Juninho Oliveira –  Só na viagem foram duas noites e dois dias sem dormir. Eu perdi cinco quilos. Não parece nada, mas você perder cinco quilos é como se tivesse perdido 10 quilos de força muscular. Mesmo diante das dificuldades, a gente superou tudo e valeu muito a pena.