A desejada fase amarela chegou pelos ipês. A florada do ipê amarelo ainda é irregular, mas já deu as caras e se destaca na paisagem seca que domina a região. Um colírio para os olhos. Foi uma espécie de avant-première para o anuncio do governo de que a região está ingressando na fase amarela de flexibilização do Plano São Paulo (veja na página 5-A).
Algumas árvores ainda não floresceram, mas outras já se anteciparam. O ipê roxo, árvore símbolo de Fernandópolis, foi a primeira a colorir o inverno. Agora, já caminhando para o final da estação (a primavera chega em 21 de setembro), o fernandopolense está podendo assistir outras floradas da família dos ipês. Além do amarelo, ocorrem as floradas dos ipês branco e rosa.
A florada dos ipês varia muito em função da condição climática influencia muito. A queda na quantidade de água no meio ambiente, a baixa umidade, favorecem para que os botões orais dos ipês comecem a se formar. Se chover, facilita a abertura desses botões, iniciando assim o período de florada. Essa irregularidade é por conta da variedade de espécies de ipês amarelos. Na região existem pelo menos quatro variedades. O fechamento do ciclo de florada do ipê amarelo termina em setembro. Então, vamos ver ainda muitas árvores florescendo neste período.
Mas, em meio a secura, aumento das queimadas, o ipê amarelo se destaca na paisagem. No Horto Florestal, zona norte da cidade, existem várias árvores florescendo.
UMIDADE DE DESERTO
O tempo seco segue castigando a região. Nesta semana Fernandópolis foi colocada em alerta laranja por conta da baixa umidade relativa do ar. O INMET - Instituto Nacional de Meteorologia- divulgou o alerta com risco para incêndios florestais, ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz e trouxe recomendações importantes para a saúde como beber bastante líquido, evitar atividades físicas que não são recomendadas, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia e usar hidratante para pele e umidificar o ambiente.
Desde o final de semana, Fernandópolis e região entraram na zona mais crítica da umidade relativa do ar, comparável à de deserto, ou seja, abaixo de 12%. Em Votuporanga, o índice chegou a 9,8% e em Fernandópolis andou pela casa dos 12% entre sábado e domingo. Há mais de uma semana, a umidade relativa do ar na região vem variando entre 10 e 15%. O recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 60%.
A baixa umidade e os ventos fortes vêm contribuindo para aumento de queimadas na região noroeste. No último final de semana, foi registrada mais uma onda de queimadas pela região. Fernandópolis bateu recorde de ocorrências em agosto.
Em meio à secura, um colírio para os olhos
