Religião

Em tempos de pandemia, mensagem de esperança e consolo chega por telefone



Em tempos de pandemia, mensagem de esperança e consolo chega por telefone

 

Ele começou bem cedo. Desde criança, já acompanhava os pais neste trabalho. Hoje, aos 40 anos, Marcos Paulo de Araújo é o porta-voz das Testemunhas de Jeová em Fernandópolis. Pregando uma mensagem de esperança e de boas novas, já são mais de três décadas fazendo esse trabalho voluntário, sempre buscando acrescentar orientação e conforto espiritual aos que escutam as mensagens.

“A principal mensagem que levamos é de esperança e consolo. Por meio da Bíblia, procuramos ajudar as pessoas a verem que está perto o dia em que o governo do Reino de Deus vai acabar com todos os problemas que causam sofrimento nas pessoas. Problemas como guerras, terremotos, falta de alimento, doenças e epidemias são coisas que deixarão de existir para sempre”, destaca Marcos Paulo.

Por causa da pandemia, as Testemunhas de Jeová foram orientadas pela sede mundial nos Estados Unidos, a buscar meios alternativos para executarem um trabalho secular que é feito de casa em casa. Sem abrir mão das opções tradicionais como escrever cartas e enviar para as pessoas, elas decidiram usar o potencial e a facilidade oferecidos pelo telefone.

“Por conta do distanciamento social, o trabalho é feito a partir das nossas próprias casas. Por exemplo, durante a nossa conversa por telefone sempre que possível citamos algum texto da Bíblia como o texto de Isaías 2:4 e Isaías 35:1, Salmos 72:16, Isaías 33:24, Apocalipse 21:4 e João 17:3”, explica.

Atualmente, existem cerca de nove milhões de Testemunhas de Jeová espalhadas em 240 países. No Brasil, são quase 900 mil distribuídas em todos os Estados e Distrito Federal. Marcos Paulo que recebe o nome de dois apóstolos influentes do Novo Testamento, é um deles, e assim como os seus xarás, prega incansavelmente, mesmo em face das adversidades numa das áreas mais crítica que é a saúde pública.

Com relação ao trabalho feito por meio de ligações telefônicas, Marcos explica que a escolha dos números é feita de forma aleatória.

“Ligamos para um número qualquer e quando encontramos uma pessoa que disponha de alguns minutinhos, conversamos brevemente com ela. Assim que as pessoas entendem o motivo das nossas ligações, elas ficam felizes e agradecidas de poder receber uma mensagem de esperança e consolo, e muitas vezes aceitam que liguemos para elas depois para continuarmos a conversa. Então, de um modo em geral, as pessoas têm sido muito gentis e receptivas ao nosso trabalho”, destaca.

Um trabalho voluntário que mesmo com toda a rejeição e dificuldades presentes, gera prazer ao fazê-lo e convicção sobre o bem que está fazendo para àqueles que estão dispostos a escutar uma mensagem curta, mas revigorante.

“A sensação é a melhor que se possa imaginar. Primeiro porque estamos atuando como colaboradores de Deus ao levar para as pessoas as boas notícias de tudo o que o Reino de Deus fará em favor de cada pessoa que se sujeita a sua Soberania. E também a alegria que sentimos de poder ajudar as pessoas a sentirem certa medida de conforto diante de tantos problemas, isso é algo indescritível. Faz valer a pena todo o empenho e o tempo que destinamos para essa atividade”, disse Marcos ao falar dos resultados do trabalho.

Sem querer levar mérito em momento algum, Marcos Paulo faz questão de destacar que por mais que sinta prazer em executar, este trabalho não se trata de uma iniciativa pessoal, e sim, da denominação da qual ele faz parte. Individual ou coletivo, não tira o mérito das palavras usadas enquanto pregava para uma leitora do jornal, que impressionada com o que ouvira, fez com chegasse a esta página impressa que você ler agora.