Depois de duas avaliações, com valores discrepantes, a prefeitura de Fernandópolis está informando que está em aberto processo licitatório para a contratação de empresa especializada em leilões para uma nova avaliação da área do antigo almoxarifado. O pacote inclui outros imóveis da prefeitura, casos do antigo Paço da Rua São Paulo e o prédio anexo, na esquina da Rua São Paulo com a Avenida dos Arnaldos e terrenos em General Salgado.
Em setembro do ano passado, a prefeitura encaminhou projeto à Câmara para vender através de leilão a área de 35,8 mil metros quadrados, encravada entre bairros na zona oeste da cidade, onde funcionava o almoxarifado da prefeitura por R$ 6,5 milhões. Era a segunda tentativa da prefeitura em vender a área. Em 2020, na primeira tentativa, o imóvel estava avaliado em R$ 4,2 milhões.
A discrepância na avaliação levou na época o vereador João Pedro Siqueira (PSDB) a sugerir ao prefeito a retirada do projeto para uma terceira opinião.
Na época, em nota ao CIDADÃO, a prefeitura confirmou a retirada do segundo projeto. “Houve divergência nas avaliações feitas pela comissão e pelo corretor. Vamos fazer uma terceira avaliação e protocolar novamente”, informou a nota sem fixar prazo para o projeto em questão retornar ao legislativo.
Cinco meses depois, a prefeitura confirma que vai contratar empresa especializada em leilões para nova avaliação e pretende incluir outras áreas e até outros itens como sucatas ao responder questionamento do CIDADÃO.
“Como existem divergências nos valores, a Prefeitura de Fernandópolis informa que está em aberto um processo licitatório para a contratação de empresa especializada em leilões, que irá realizar todas as avaliações. Ainda comunicamos que as avaliações incluem os prédios citados nas perguntas (antigo Paço da Rua São Paulo e o anexo), mas também outros itens como sucatas”, esclareceu a nota.
Em 2019, a prefeitura decidiu desativar o almoxarifado e locou prédio no Distrito Industrial I - “Eurico Gimenes Martins” – onde funcionou empresas como a Fachini, depois a Schincariol e por último a Só Lixeiras. O contrato de locação firmado se estende até 2024. Quando anunciou a transferência do almoxarifado, o prefeito André Pessuto foi as redes sociais. “Estamos alugando temporariamente esse galpão no Distrito Industrial, todo coberto, atendendo as normas do Corpo de Bombeiro e dando mais dignidade aos nossos funcionários que trabalham no 'Coração da Prefeitura' que é o Almoxarifado. O atual Almoxarifado será colocado à venda e com o recurso vamos comprar esse galpão”. As duas tentativas de leilão para venda não saíram do papel. Agora, a prefeitura espera avaliação de uma empresa especializada em leilões para nova tentativa de venda.
A desativação levou em conta também os custos para adaptação do velho almoxarifado às normas do Corpo de Bombeiros.