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Entidades querem solução para trânsito caótico



Entidades querem solução para trânsito caótico
Duzentas novas motocicletas licenciadas a cada mês. Crédito de longo prazo para a compra de automóveis. Feriadões e períodos de grande concentração humana, como no período da Exposição Agropecuária.

Some a tudo isso uma sinalização ultrapassada, o número reduzido de semáforos e você, leitor, obterá um caos urbano representado pelo trânsito.

Não, não estamos falando de grandes centros. Isso está acontecendo numa cidade de pouco mais de 60 mil habitantes, chamada Fernandópolis.

Há muito tempo a questão tem preocupado as autoridades constituídas, como o promotor de Justiça Denis Henrique Silva, que já pediu providências à administração. O presidente da Associação de Amigos do Município, Ubaldo Martins, explica que houve um acordo para que o conselho municipal de trânsito seja formado por quatro representantes das entidades, quatro da Polícia Civil, quatro da Polícia Militar e quatro do Demutran, que até já escolheu os representantes.

Contudo, o projeto de mudanças a ser proposto, que Martins considera “revolucionário”, pode esbarrar no quesito “recursos”. É que a proposta inclui, entre outras coisas, a aquisição de semáforos e radares – estes seriam instalados na Avenida Expedicionários Brasileiros e na Avenida Augusto Cavalin.


ESCOLAS
Para o presidente da associação, uma forma de resolver o caos que se instala na porta das escolas, nos horários de pico – especialmente no horário de saída, por volta do meio-dia – é a instalação de semáforos. Um exemplo disso é a Avenida dos Arnaldos, em cuja área há vários estabelecimentos de ensino, como o JAP, o COC e o próprio Colégio Anglo, do qual Martins é o mantenedor. Além disso, a avenida é a principal artéria utilizada pelos alunos da Unicastelo.

“Também é uma questão cultural”, diz Martins. “As pessoas precisam aprender a não estacionar em fila dupla, a não empinar motos, por exemplo. Quer dizer, a fiscalização tem que ser implementada”. E Martins parecia prever o que aconteceria dali a alguns segundos (a conversa acontecia na calçada do colégio): um rapaz, que não pôde ser identificado porque usava capacete, empinou a roda dianteira de sua motocicleta em meio ao tumulto da saída de estudantes.

O presidente da Associação de Amigos defende a realização de campanhas educacionais, onde se combata, por exemplo, a “rixa” entre motoristas e motociclistas. “Temos muitos planos, que serão levados à administração, a quem compete a última palavra”, disse.

Na reunião do mês de junho da Associação de Amigos, a questão do trânsito deverá estar na ordem do dia.