Com a presença de 15 das 16 entidades vinculadas à Associação de Amigos do Município (o único ausente, o presidente do Sindicato Rural, Marcos Mazeti, estava na sessão da Câmara, que acontecia no mesmo horário) realizou-se na sede da OAB, na noite de terça-feira, uma reunião para deliberar sobre a perspectiva de construção, pelo governo do Estado, de um Centro de Detenção Provisória em Fernandópolis.
Com exceção de João Hashijumie, representante da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, e de Rubens Rios, representante da Associação dos Contabilistas, que não quiseram firmar posição porque não tiveram tempo de reunir suas respectivas categorias, todas as demais entidades fecharam questão contra a construção do CDP.
O delegado seccional de polícia Renato Góes explicou que deverá ser aberta uma licitação para reforma do prédio onde funcionou por décadas a Cadeia Pública, ora desativada. Ali permanecerá apenas o 1º Distrito e o plantão policial.
Depois que o promotor de Justiça Denis Henrique Silva discorreu sobre as mazelas que advêm para a comunidade da instalação de um presídio, a voz corrente era a de que o ideal é que se construa uma Cadeia Pública capaz de suportar a demanda pelas próximas décadas.
O presidente da Associação de Amigos, José Humberto Merlim, acredita que uma cadeia que comporte 80 ou 100 presos pode perfeitamente resolver o problema pelas próximas décadas.
Merlim leu um ofício, encaminhado pela Loja Maçônica Fraternidade Fernandopolense, de inconformismo com o plano governamental. Não bastasse a guerra que tivemos contra o projeto de se construir um presídio em Pedranópolis, agora querem um CDP em nossa cidade. Decidimos lançar expresso repúdio a tão desastrosa idéia. É uma posição unânime da loja, diz o documento.
Agora, a Associação de Amigos quer levar à prefeita Ana Bim um relatório das informações e posições obtidas. A prefeita disse que precisava conhecer a vontade da população de Fernandópolis sobre o caso do CDP. Então, vamos levar a ela a opinião de seus representantes, disse Merlim.
SESI
Rose Carósio, diretora do SESI, compareceu à reunião na OAB para alertar os presentes sobre a falta de espaço de que a instituição dispõe no prédio atual. A diretora explicou que o SESI precisa pagar aluguel da quadra de esportes do CPP, já que não possui um local adequado para a prática esportiva.
Depois de lembrar que o município de Votuporanga doou recentemente um terreno ao SESI da cidade, Rose comentou que existe um antigo débito de R$ 500 mil do município de Fernandópolis para com a instituição. Segundo ela, a prefeita Ana Bim já teria acenado com a possibilidade de doar um imóvel ao SESI local. A Associação de Amigos vai encaminhar o pedido à prefeita.
Durante a reunião, também foi lido um ofício enviado pela Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis (AVIF) que solicita à prefeita providências no sentido de coibir a ação de vendedores ambulantes vindos de outras praças especialmente nos finais de semana para vender seus produtos nas ruas da cidade.