Se por um lado, os dias atuais estão atribulados em virtude da pandemia do Covid-19, por outro, é amplamente perceptível a preocupação com a saúde e a segurança do próximo, sobretudo, aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade. Preocupação esta demonstrada nas ações cotidianas da AVCC – Associação Voluntária de Combate ao Câncer – que diariamente ganha novos adeptos, não como assistidos, e sim, como voluntários que desejam fazer parte dessa causa.
O jornalista Marco Antônio Florian, conhece bem a rotina dos assistidos da AVCC. A cerca de um mês, ele perdeu o pai na luta contra um câncer. Por essa razão, fez questão de retribuir com a entidade na primeira oportunidade que teve.
Há quase um mês, tive a infelicidade de perder meu pai que estava lutando contra essa doença há mais de dois anos. Após vivenciar a luta incansável pela qual passamos, ao receber uma indenização do meu pai, veio na minha mente em fazer uma doação para uma instituição”, disse Marco Antônio.
As perdas desse tipo, além de muito dolorosas, são sempre irreparáveis. O conforto vem ao longo do tempo, sendo que em muitos casos, participar como voluntário de causas que tocam no coração de quem viu de perto a dor e perda de um ente querido.
“Sei que existe várias entidades que contribuem na qualidade de vida das pessoas, mas fui tocado em fazer essa doação para AVCC e tenho à convicção que esta ação irá ajudar várias pessoas que estão lutando contra essa doença”, destacou.
Para o presidente da AVCC, Osvaldenir Aparecido Tonelote, o Cidinho, o acompanhamento social e psicológico para os pacientes assistidos é fundamental para a compreensão e aceitação desse momento e das enfermidades como um todo.
“Sabemos que estamos num período de muito aprendizado mas também de muita solidariedade onde precisamos olhar além de nós, pois estamos hoje todos na mesma situação de risco”, disse.
Diante de uma causa tão nobre, Cidinho ressalta a importância da conscientização das necessidades e dos cuidados redobrados aos assistidos. Cuidados esses que começam com a higiene, principalmente das pessoas que mantem contato direto com o doente/assistido. Ele cita, por exemplo, o uso de máscara ao lidar com os pacientes, a higienização das mãos e do ambiente em que vivem. Apesar de que em outras circunstâncias não seria pedido ou recomendado isso de forma alguma, o apelo agora é para não permitir visitas aos assistidos em tempos de coronavírus.