Educação

Estudantes da Etec levam dois projetos de drones para a final da Febrace



Estudantes da Etec levam dois projetos de drones para a final da Febrace

Estudantes da Etec - Escola Técnica Estadual Prof. Armando José Farinazzo, de Fernandópolis, são destaque na Febrace 2022 – a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. Eles desenvolveram dois projetos com drones e estão na final nacional que reúne trabalhos de todo o Brasil. Os vencedores de cada categoria serão conhecidos no dia 26 e os vencedores vão apresentar os projetos em Feira Internacional nos Estados Unidos.
Sob a orientação do professor de Computação e Informática para os Ensinos Médio e Técnico Gustavo Tadeu Moretti de Souza, e coorientação de Fernando Landim, os projetos ganharam destaque na Feira. “Encerramos as apresentações na terça-feira e agora estamos na torcida pela divulgação do resultado”, relatou Souza.
Segundo Gustavo, o projeto de reflorestamento com o uso de Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), popularmente conhecido como drone, está na segunda versão. Ele já foi finalista em 2019 e agora foi aperfeiçoado com a inserção do estudo do NPK produzido artesanalmente pela equipe. Orgânico, o material passa por 72 horas de fermentação antes de ser injetado na cápsula, que é transportada por um reservatório especialmente desenhado e produzido em impressora 3D.
A equipe formada por Gabriel Siqueira do Espírito Santo, Gabriel Vicente Fernandes e Gustavo Pereira Donadon Dutra empregou o mesmo procedimento no reservatório que transporta as cápsulas com as sementes.  Por meio de uma rosca, o reservatório é acoplado ao Vant. “A ideia é criar soluções que possam ser aplicadas em qualquer parte do país ou do mundo”, explica Gustavo.
O segundo projeto é novo e foi concebido e construído pelos estudantes Eloy Businaro Masquio, Ana Julia Casale de Andrade e Augusto Eredia Aiello Gazola. O drone faz o transporte autônomo de soro antiveneno, de forma a agilizar a entrega do medicamento às vítimas de picadas de animais peçonhentos. Ele é guiado por GPS e possui uma caixa acoplada para acondicionar o medicamento.  Nela há um sensor para o controle da temperatura ambiente, uma vez que o soro precisa ser transportado numa temperatura entre 2°C e 8°C. Segundo Eloy, a economia de tempo com o transporte por drone foi, em média, 75% menor. Nestes casos, o tempo é crucial no socorro às vítimas de picadas de animais peçonhentos. 
Em Fernandópolis, por exemplo, praticamente só a Santa Casa dispõe de soros antiveneno, ou seja, muitas vezes é preciso transportar de carro o medicamento até a Unidade Básica de Atendimento onde está a vítima. Para agilizar esse transporte desenvolveram um drone que faz o transporte do soro de forma autônoma, agilizando a entrega do medicamento.
A 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia acontece até o dia 26 de março pela Plataforma Febrace Virtual onde podem ser vistos todos os projetos selecionados para a final.
Neste ano, estão em exposição 497 projetos finalistas, desenvolvidos por estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de 333 escolas de todo o Brasil.
Na Febrace, todos os projetos serão julgados por professores universitários e especialistas, que farão a avaliação em teleconferências fechadas. 
Os autores dos melhores projetos, nas diversas categorias, ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 300 prêmios e oportunidades no Brasil e no exterior.