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Estudo revela em quais lugares o contágio pelo novo coronavírus pode ser maior



Estudo revela em quais lugares o contágio pelo novo coronavírus pode ser maior

O estudo foi feito por pesquisadores da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais – e publicado na semana passada. Por meio dele, se tornou mais fácil identificar lugares onde, segundo pesquisadores, a chance de ser infectado pelo vírus Sars-Cov-2, responsável pela pandemia de Covid-19, é bem maior. Dentre os lugares pesquisados, a residência é o lugar mais seguro para as pessoas nesse estágio da pandemia.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1310362&o=node

Os virologistas responsáveis pelo levantamento coletaram amostras de lugares públicos de alta circulação na cidade de Belo Horizonte em pontos de ônibus, corrimãos, entradas de hospitais e bancos de praças. Das 101 amostras colhidas, 17 continham traços do novo coronavírus.

“Para se avaliar o risco de um determinado local, levamos em consideração três elementos: o número de pessoas que podem portar a infecção, o nível de aglomeração esperado nos ambientes e a chance de haver pessoas com a infecção no local”, explicou o infectologista e professor de medicina da UFMG, Matheus Westin.

De acordo com Westin, os objetos também podem ter partículas infecciosas inertes. Frutas, verduras, caixas e outros itens que ficam expostos podem carregar o vetor de infecção. O estudo classificou as áreas de risco de acordo com os três pilares sanitários identificados pelos médicos.

Agência Brasil

O estudo mostrou ainda que profissionais que trabalham na linha de frente de combate ao novo coronavírus estão muito mais suscetíveis ao contágio, já que a proximidade com infectados é inevitável.

“Todas as formas de assistência direta envolvem proximidade. Desde os cuidados primários, como administrar medicação ou conversar com o paciente, aos procedimentos invasivos, como ajustar o ventilador mecânico, aspirar as vias aéreas ou entubar o paciente, tudo isso cria um grande risco de transmissão”, argumentou Westin.

Segundo o médico e professor, o investimento em EPIs - Equipamentos de Proteção Individual - de qualidade é crucial, e pode definir se o profissional médico será contaminado ou não ao tratar pacientes.

“Boa parte desse equipamento é de uso único. A troca deve ser periódica. Mas não dá para esquecer que o profissional de saúde, ao chegar em casa, deve lavar bem com água e sabão as vestimentas hospitalares para remover traços de contaminação das roupas”, concluiu.