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FEF realiza aula inaugural para os mais de 1200 novos alunos



FEF realiza aula inaugural para os mais de 1200 novos alunos
Para dar as boas-vindas aos alunos que estão começando a cursar o ensino superior, a Fundação Educacional de Fernandópolis realizou na última quarta-feira, dia 13, na Casa de Portugal, uma aula inaugural, que contou com a apresentação da Orquestra de Sopros de Fernandópolis e com uma palestra de Cosme Massi, que é o pró-reitor da Universidade Positivo, da cidade de Curitiba/PR.





Segundo José Ataíde Nunes, diretor de planejamento estratégico e desenvolvimento da FEF, o objetivo do evento foi reunir todos os alunos que estão começando na FEF neste ano para mostrar de forma geral o que é a instituição e quais recursos de metodologia didática serão proporcionados a eles. “Implantamos na FEF um modelo pedagógico diferenciado em termos de Brasil e por isso nós convidamos o pró-reitor da Universidade Positivo, que é uma das maiores organizações na área de ensino. Criamos um portal, que é uma ferramenta onde disponibilizamos aos alunos todo o conteúdo didático de seu curso, para que eles tenham acesso de suas residências ou de onde quer que estejam”, afirmou Nunes.





Para André Pessuto, que é assistente administrativo da FEF e tem a função de cuidar da evasão de alunos, “a iniciativa de se fazer uma aula inaugural é muito importante porque desta forma é possível falar com os mais de 1200 alunos ingressantes e mostrar para eles o potencial e as ferramentas que a FEF tem para lhes oferecer”. Pessuto também salientou a questão do trote solidário, onde os novos alunos arrecadam alimentos para serem doados a instituições. “Este trote é socialmente correto e serve para conscientizar os alunos da necessidade das pessoas mais carentes, além de promover a interação dos alunos com a comunidade”, disse Pessuto.





A equipe do CIDADÃO esteve presente no evento e aproveitou para fazer algumas perguntas a Cosme Massi, que é graduado em Física e Matemática e mestre em Filosofia:





CIDADÃO: Em linhas gerais, o que o senhor apresentou hoje para os alunos?


COSME: Conversamos um pouco sobre a tecnologia utilizada no aprendizado. Nós sabemos que os alunos enfrentam uma grande dificuldade hoje que é o mercado de trabalho altamente competitivo. Se nós compararmos o ensino superior de dez anos atrás, vamos encontrar a metade dos alunos que temos hoje: antes 2 milhões, hoje cerca de 4,5 milhões nas universidades. Isso mostra que o mercado tem muito mais gente no ensino superior do que antes e a economia não cresceu para absorver esse aluno no mercado de trabalho, com isso acabamos enfrentando um desafio: só vai ter espaço para os melhores. Por isso a tecnologia é muito importante para ajudar o aluno a se desenvolver melhor.





CIDADÃO: A aula virtual é uma tecnologia muito utilizada pelo sistema Positivo. O que o senhor tem a dizer sobre o ensino virtual?


COSME: A faculdade começa a sair na frente. Eu acho que hoje quem ignorar a tecnologia terá muita dificuldade de se sustentar no mercado, até porque atualmente, eu costumo brincar, que nenhuma empresa contrata uma secretária se ela não souber usar o computador, e olha que nós nem estamos falando de um cargo que trabalha com tecnologia de última geração. As máquinas também, para operá-las se exige uma cultura virtual. Um aluno que aprende num ambiente virtual ganha tempo, a aula tem uma grande vantagem quando é bem preparada pelo professor, é por isso que a participação do professor é muito importante, afinal, é ele quem prepara as aulas, e faz com que o aluno tenha acesso ao aprendizado 24 horas por dia, porque ele pode acessar esse ambiente virtual, pegar os materiais, livros e artigos. Ele pode o tempo inteiro ter acesso ao material sem sair de casa, por isso que eu digo que as aulas não são mais de 50 minutos, agora elas passaram a ter 24 horas. A tecnologia é favorável ao aluno quando o ambiente está bem preparado. Isso é um privilégio.





CIDADÃO: O senhor concorda que na história da humanidade quem dominava o fogo tinha poder, tempos depois quem possuía dinheiro é quem tinha poder e hoje quem ganha é quem tem mais conhecimento?


COSME: Já há uns cem anos que a humanidade descobriu que o valor mais precioso é o conhecimento, é ele que permite ao homem construir a tecnologia e partir daí, o desenvolvimento da sociedade. Sem o conhecimento nós não somos nada - e é por isso que os países que investiram no conhecimento, veja os exemplos dos Tigres Asiáticos e da Índia, saíram na nossa frente e investiram muito mais na formação de seus jovens. Nós ainda estamos muito atrás, em termos de números nós temos apenas 10% dos nossos jovens na universidade, isso mostra que estamos muito abaixo da Argentina que tem 30%, do Chile que já está acima dos 40%, dos Estados Unidos, da Europa que já estão acima dos 80% dos jovens na universidade. Então, ainda estamos bastante atrasados e precisamos crescer, no que diz respeito ao ensino superior brasileiro.





CIDADÃO: O senhor acredita que o ensino on-line vai conseguir substituir o professor algum dia?


COSME: Substituir nunca. O professor será sempre insubstituível, até porque no ensino on-line o professor é a peça-chave de todo ensino virtual. Ele jamais será substituído. Costumamos dizer que o ensino virtual é apenas uma ferramenta que o professor dispõe. Nós sempre vamos precisar muito do corpo docente. Máquinas, tecnologia, são ferramentas e elas sempre precisam de alguém que faça bom uso delas, que trabalhe com elas. Então o professor nunca precisará se preocupar, a tecnologia veio para auxiliar.





CIDADÃO: Os professores passarão por uma adaptação para esse ensino virtual?


COSME: Alguns professores ainda têm receio, acham que a tecnologia veio para substitui-los, o que é uma concepção falsa, pois a tecnologia vem sempre para auxiliar. Na medida em que os professores perdem o medo, descobrem que é preciso fazer uso da tecnologia para auxiliar o seu trabalho. Daí ele descobre que é peça muito importante nessa relação entre aluno, ensino virtual e aprendizado.





CIDADÃO: O senhor acha que com o ensino virtual o aluno pode se enganar?


COSME: O que o aluno precisa saber é que esse engano é com ele mesmo, ele não engana os professores. Ele pode copiar um trabalho da internet e entregar, mas o professor vai saber que não foi ele quem fez, então ele vai se prejudicar e enganar apenas a si próprio. O mercado de trabalho não pergunta mais sobre o diploma dele e sim pelo conhecimento que ele adquiriu nesses anos. Ninguém consegue enganar que sabe, ou você tem ou não tem conhecimento. Essa é uma grande característica de quem sabe, de quem está preparado para enfrentar o mercado de trabalho.