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FEF se sobressai dentre instituições contratadas pelo Estado



O jornal “O Estado de S. Paulo” publicou reportagem no último sábado, dia 6 de outubro, denunciando que 71% das instituições contratadas pelo governo do Estado de São Paulo para ministrar cursos para professores da rede pública em 2005 e 2006 tiveram nota 3 ou menor no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) referente ao curso superior de Pedagogia. Na matéria, que tem o título “65% dos centros que capacitam professores de SP têm nota mediana”, o curso da FEF integra o seleto grupo de 28% das instituições que tiveram notas 4 ou 5.
A FEF ganhou a concorrência para ministrar, em 2006, o curso “Teia do Saber”, que promove programas de atualização em metodologia do ensino e tecnologia, entre outros, aos professores da rede pública de ensino.
O ENADE é uma prova aplicada pelo MEC (Ministério da Educação) para avaliar o ensino superior no país. Os conceitos para cada curso vão de 1 a 5. O desempenho da faculdade no ENADE não é considerado como critério para a contratação da instituição pelo Estado, que faz pregão eletrônico para contratar as instituições, ganhando aquelas que possuem o melhor preço e atendam exigências como oferecer cursos de licenciatura, ter registro no MEC, além de possuir espaço físico adequado como bibliotecas e laboratórios. O docente responsável pelo curso deve ter o título de doutor.
A Fundação Educacional de Fernandópolis atende a todas estas exigências e, como mostrou a reportagem do Estadão, ainda está no grupo de apenas 12 instituições contratadas pelo Estado que obtiveram o conceito 4. Apenas a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), obtiveram nota 5. Na região, a Fundação de Fernandópolis é a única que aparece com conceito maior que 3 no ENADE para o curso de Pedagogia.
De acordo com Marli Viçoti, coordenadora do curso de Pedagogia da FEF, o ótimo desempenho da instituição no ENADE se deve a vários setores, dentre eles a constante adequação do curso às novas diretrizes curriculares nacionais, que agora indicam a formação de um profissional que possa atuar tanto em sala de aula como também como gestor pedagógico em instituições públicas, privadas ou do terceiro setor.
“Na Pedagogia, também temos algo muito interessante que é o trabalho em grupo da equipe, incluindo professores e a coordenação. Isso faz com que o clima seja muito bom e estimule a participação dos alunos, que têm um perfil muito participativo, receptivos às propostas de atividades inovadoras que o corpo docente faz”, completa Marli Viçoti.
Outro indicador da qualidade na área de Pedagogia da FEF foi um curso preparatório para o concurso para professor de 1ª a 4ª séries ministrado pela equipe da instituição em 2005. Dos 150 alunos que fizeram o curso da FEF, 70% foram aprovados no concurso público.
Na reportagem do Estadão, Maria Eliza Arnoni, responsável por organizar os cursos do Teia do Saber da Unesp, disse que as universidades públicas deveriam ter um convênio direto com o Estado para oferecer capacitação para os professores, excluindo as faculdades privadas do processo de concorrência. Marli Viçoti discorda. “Como a reportagem mostrou, apesar do alto índice de faculdades privadas que não obtiveram ótimas notas no ENADE, ainda há instituições como a FEF, que possui um alto nível de qualidade de ensino. Um outro fator é que cursos como o Teia do Saber não ensinam só técnicas, mas também atendem as necessidades de qualificação de cada escola, e nada melhor que uma instituição da cidade, que tem estagiários atuando nas escolas, para conhecer as necessidades do ensino local e proporcionar essa formação continuada adequada à realidade de cada escola”, finaliza a coordenadora.