“Quando começou a chover no dia 29 de abril a gente já passou a acompanhar principalmente o que acontecia no Vale do Taquari porque toda a água desce para Triunfo. No dia 2 de maio ao sair de casa percebi que ia ser diferente, que a enchente seria maior que a de novembro que chegou na garagem da nossa casa”.
Esse foi o relato inicial da dentista Dra. Gabriela Beatriz de Carvalho, que nasceu em Fernandópolis, se formou dentista na Universidade Brasil, morou em Ouroeste e há cinco anos está na cidade de Triunfo, cidade que fica à margem do Rio Jacuí, distante 200 km de Porto Alegre.
Ela concedeu entrevista ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Difusora FM, nesta terça-feira, 14. “Voltou a chover no final de semana, o rio subiu novamente e estamos ilhados”, diz a fernandopolense que está abrigada na casa da tia do namorado. O seu consultório odontológico fica na cidade de São Jerônimo, do outro lado do rio também foi atingido pela enchente, afetando todos os equipamentos.
Nos últimos dias com a baixa do rio, ela conseguiu retornar para casa, de barco com namorado, e pôde ver o estrago da enchente. Ela mora em um sobrado. No térreo é a garagem e um depósito. No andar superior fica a casa. Na enchente de novembro, a água ficou no térreo, mas desta vez, ela atingiu o andar superior. Na cortina do quarto a marca de onde a água chegou. Emocionada, ela diz que o pós-enchente exigirá um grande esforço para recuperação. “Muitas casas de madeira vizinhas à minha foram levadas pela enchente”, relatou. Para piorar a situação, o frio chegou. A terça-feira amanheceu com 8 graus e tende a esfriar mais.
A família de Gabriela mora em Ouroeste e a população e empresários da cidade, se reuniram para enviar doações para Triunfo que chegaram no final de semana. “Estamos distribuindo entre os que precisam. É hora de ajudar e é o que estamos fazendo”, disse.
A entrevista completa você pode acompanha no vídeo abaixo: