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Fernandopolenses são vítimas de estelionato



Fernandopolenses são vítimas de estelionato
O fernandopolense Diego Hurtado, estudante do 3º ano de Jornalismo foi vítima de estelionato na cidade de Votuporanga. O golpe foi aplicado numa noite de abril, no portão de entrada do Centro Universitário de Votuporanga, pouco antes do início das aulas.
Hurtado explica que supostos representantes da Editora Peixes o abordaram vendendo assinaturas de revistas. Mesmo tendo recusando a assinatura, os “representantes” retribuíram a atenção prestada com um exemplar qualquer de uma revista, mas para isso pediram que Hurtado apresentasse um cartão de crédito Mastercard ou Visa. Segundo o falso representante, trata-se de uma promoção da editora para aqueles que possuem o cartão.
Os representantes dizem que não é necessário informar dados pessoais, endereço ou telefone, solicitam o cartão “somente para verificar a originalidade”. Quando a vítima entrega o cartão eles o colocam por baixo de uma folha de papel e fazem uma espécie de 'decalque'. Isso tudo é muito rápido, não dura mais do que sete 7 segundos. Com o cartão de crédito na mão eles executam o golpe. Depois disso, devolvem o cartão, entregam um exemplar de qualquer revista como haviam prometido e agradecem pela atenção.
“Quando tirei o cartão do bolso e mostrei, o pseudo-representante tomou-o da minha mão e colocou debaixo de uma folha. Não gostei da atitude e pedi para que devolvesse. Ele me pediu desculpas devolvendo o cartão rapidamente e eu me afastei. Mas isso já foi suficiente para aplicarem o golpe”, conta Diego.
Na fatura do cartão de créditos do estudante consta uma cobrança no valor de R$ 70 divididos em quatros vezes em nome da ED. Peixes Zuolo, - EDITORA PEIXES. Ele entrou em contato com o banco que já abriu um processo interno para que seja ressarcido o valor.
O Jornal CIDADÃO entrou em contato com a central de atendimentos da Editora Peixes em São Paulo por meio de ligação telefônica atendida pela funcionária que se diz chamar Solange. A atendente não soube informar o nome de seu chefe e nem o nome do dono da editora e alegou não saber os números dos telefones de outros setores da empresa como: cobrança, recursos humanos, editorias e publicidade. Ela foi muito insistente ao dizer que só poderia ajudar se fosse passado um número de cartão de créditos.
Hurtado ainda sugeriu uma pesquisa na internet por meio do Google, onde não se precisa digitar nada além de “Editora Peixes”. No resultado é encontrada a página da própria editora e mais inúmeros sites de reclamações que constam fóruns de discussões chamados “Golpe da Editora Peixes” e várias referências como: “Editora Peixes sinônimo de incompetência" e "Empresa sem ética e sem vergonha".
Em uma das dessas pesquisas foi encontrada a reclamação do fernandopolense A.L.A . no site www.reclameaqui.com.br. Segue abaixo a reclamação na íntegra:
“Sou mais uma vítima do golpe do cartão. Eu fui abordado na saída do meu serviço, por tais funcionários da Ed. Peixes, que disseram que quem tivesse o Cartão VISA ou MasterCard receberia a revista durante 3 meses sem nenhuma cobrança de assinatura (eu disse que não estava interessado), me pediram o cartão para confirmação de endereço e eu na minha inocência entreguei e passaram o cartão em uma folha de papel carbono, e para minha surpresa um mês depois recebi na fatura 6 parcelas de 93 reais.
Espero que a Editora Peixes tome alguma iniciativa, pois é lamentável tantas pessoas passarem por esse tipo de transtorno. Exijo que cancelem minha assinatura (que eu nem sabia que existia, até porque não assinei absolutamente nada) e, obviamente, cancelem esse pagamento e devolvam meu dinheiro porque já foi debitada em minha conta a primeira parcela da fatura de 93 reais.”
No mesmo site há também um cálculo de índices de reclamações. A Editora Peixes tem 1838 reclamações e uma pesquisa que diz que apenas 14% das pessoas voltariam a fazer negócios com a editora.
Na página virtual da editora consta que é responsável pelas revistas: Speak Up, Habla!, DOM, ViverBem, Set, Fluir, Gula, Terra e Próxima Viagem.