Economia

“Fernandópolis estava no nosso radar”, diz diretor do grupo Muffato



“Fernandópolis estava no nosso radar”, diz diretor do grupo Muffato

Terça-feira, 15. Enquanto o empresário Ederson Muffato concedia entrevista coletiva no Hotel Ramada para anunciar a instalação do Max Atacadista em Fernandópolis, a poucos metros dali, máquinas já trabalhavam na terraplenagem da área no entroncamento da Avenida Getúlio Vargas com a Marginal Luiz Brambatti,  ao lado da Rodovia Euclides da Cunha. A inauguração do empreendimento de R$ 35 milhões e que vai gerar 300 empregos diretos e indiretos já está previsto para março do ano que vem.

O anuncio foi acompanhado pelos diretores da Deaço (Richard e Anselmo Buffalo e José Carlos Guarnieri), grupo proprietário da área onde será instalado o empreendimento, prefeito André Pessuto, vereadores e lideranças da cidade. A área construída será de 14 mil metros quadrados, sendo que 5 mil de área de vendas, incluindo praça de alimentação, farmácia e lotérica.

O empresário destacou ainda a rapidez no andamento do projeto e liberação de alvará para obra, o que levou o grupo antecipar a inauguração para março de 2021. “Em janeiro já iniciaremos a contratação de funcionários para início do treinamento”, destacou. O grupo vem do Paraná e tem hoje 67 lojas com as bandeiras SuperMuffato e Max Atacadista.

Em entrevista ao CIDADÃO e Rádio Difusora, Muffato lembrou que Fernandópolis já estava no radar do grupo havia muito tempo por ser centro de região e que a loja, no modelo Atacarejo (sistema hibrido de Atacado com Varejo) deve atingir raio de ação de até 150 km, incluindo o Triângulo Mineiro e Mato Grosso do Sul. Leia trechos da entrevista:

Qual o projeto que o grupo Muffato traz para Fernandópolis?

A gente está muito feliz em fazer esse anuncio oficial. Iniciamos a obra com a terraplanagem, vai ser um grande atacarejo, bandeira Max Atacadista, mais de 14 mil metros quadrados de área construída, mais de 5 mil metros quadrados de área de venda, com mais de 20 mil itens, é o que há de mais moderno, com estacionamento coberto, a loja climatizada, praça de alimentação, lotérica, farmácia e essas parcerias a gente procura aqui mesmo na cidade. A mão de obra que vamos contratar e recrutar 100% de Fernandópolis.  A celeridade que a gente teve por parte da prefeitura, do prefeito, foi uma coisa incomum, que até nos surpreendeu. Geralmente é o empresário que tem que pedir celeridade e aqui foi uma coisa ímpar. Não tínhamos nem pretensão de começar as obras agora em setembro ou outubro, porque estávamos trabalhando com um período de aprovação de projeto e aqui obtivemos um alvará de construção em tempo recorde. Com o alvará na mão estamos iniciando a obra antes do previsto e com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2021.

Por que a escolha por Fernandópolis?

Como qualquer negócio o empresário visa retorno do seu investimento. Antes de mais nada a gente vê o potencial da cidade e da região. Escolhemos Fernandópolis porque já não é de hoje que ela está no nosso plano de expansão. O Muffato vem ao longo dos anos crescendo para o noroeste paulista e Fernandópolis estava nos nossos planos, nós começamos em Presidente Prudente, depois Araçatuba, São José do Rio Preto, Votuporanga, Catanduva. Fernandópolis estava no nosso radar. A gente poderia vir com a bandeira do SuperMuffato ou a bandeira do Max Atacadista. Mas, vimos o potencial e que tem espaço para um grande atacarejo. Vamos trazer para Fernandópolis um atacarejo de porte regional para atender todo esse polo da qual Fernandópolis é o centro.

Trabalha com previsão para inauguração?

Hoje não posso precisar uma data para inauguração, se vai ser fevereiro ou março. Isso demanda tempo, imprevistos, mas estamos trabalhando para a primeira ou segunda quinzena de março. Como o processo aqui andou rápido, ainda estamos com o planejamento em andamento.

Quando começa a recrutar funcionários?

Devemos começar o recrutamento na virada do ano. Acreditamos que em torno de 2 meses e meio a três sejam suficientes. Já temos um e-mail disponível para quem quiser enviar currículo (rhselecao@muffato.com.br) para que possamos montar um banco de currículos especialmente para Fernandópolis para quem quer fazer parte do nosso time. Começamos um trabalho de triagem e de seleção, mas as entrevistas presenciais e a efetivação inicia a partir de 2 de janeiro para que esse funcionário passe por um período de capacitação na Universidade Corporativa da empresa (a Uniffato). Vamos gerar 300 empregos, dos quais 200 diretos.

O que se levou em conta para escolha da área?

Foram apresentadas várias áreas disponíveis, mas entendemos que essa era a melhor posicionada para o nosso projeto do Max Atacadista, com acesso para o sistema viário, para quem chega, para quem sai e pra quem é da cidade mesmo, pela Avenida Getúlio Vargas, é muito rápido o acesso. É uma área que tem tudo para dar certo e o projeto vai ficar muito bonito, com a perspectiva de visão muito importante para quem estiver na rodovia. É uma obra imponente e será um cartão postal para a cidade.

Qual o diferencial de um empreendimento como esse, no estilo atacarejo?

O Max é um grande atacarejo onde você encontra todas as mercadorias que você encontraria em supermercado comum, tem açougue, tem padaria, hortifrúti, importados, mas claro que o foco é preço. A gente as vezes abre mão de algum serviço para ter competitividade nos preços. Temos aquela política que acima de três unidades o preço é diferente. Mais importante que não há necessidade de cadastro, de CNPJ, vende para pessoa física, vende para comerciante, pegamos todos os cartões de crédito, débito, vales benefícios, alimentação e refeição, o que não é tão comum em outros atacadistas. É um grande atacarejo, mas que tem um jeito de atender sem burocracia.

Qual o raio de ação de uma loja como essa?

A gente trabalha com um raio para atender até 150 km com tranquilidade. Geralmente você atende um setor primário e um setor terciário que vai de 80 a 100 km. A média que a gente trabalha nas cidades que atuamos é isso. Mas, a gente acredita que em Fernandópolis tem potencial de atrair pessoas, nem que seja uma vez por mês, de 100 a 150 km. Estamos olhando para um mercado que entra para o estado de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul pelas facilidades do sistema viário que oferece essa condição.