Política

Fernandópolis finaliza diagnóstico para nova versão do Plano Diretor



Fernandópolis finaliza diagnóstico para nova versão do Plano Diretor

Anunciado como um “conjunto de regras” para orientar os gestores públicos no sentido de estabelecer ordem na ocupação do espaço, urbano e rural, determinando parâmetros no sentido de tornar a cidade mais acessível e ordem na formação de ocupações, construção civil, exploração pública de espaços, entre outros aspectos de organização de uma comunidade, a nova versão do Plano Diretor do Município de Fernandópolis que está sendo implementada desde 2019 entra na fase final e deve chegar à Câmara ainda este ano.
“O projeto está em fase final. Há uma parceria firmada com a Universidade Brasil que, após a audiência pública, utilizando toda a estrutura do departamento de Mestrado do Campus de Fernandópolis, realizou estudo fidedigno do município para não incorrer numa atualização do plano que não correspondesse com a nossa realidade. Com o trabalho de diagnóstico finalizado pela Universidade Brasil, foi apresentado aos conselheiros para análise e devidos apontamentos”, explicou o secretário de Planejamento da Prefeitura, Marcelo Nossa.
Para o debate do plano diretor, o prefeito André Pessuto tirou do papel o Conselho da Cidade que existe desde 2000, porém, nunca tinha sido instalado. “Em 2017, a atual administração diagnosticou a necessidade de observar o plano existente e realizar a atualização, o que gerou a efetivação do Conselho em 2018”, relatou Nossa.
O Conselho da Cidade, sob a presidência do secretário de Planejamento, Marcelo Nossa, é composto por 12 conselheiros, seis indicados pelo Poder Público e seis membros da Sociedade Civil organizada. A função dos conselheiros é justamente acompanhar a implementação do Plano Diretor, analisando e deliberando sobre as questões relativas à sua aplicação, bem como, debater e emitir possíveis pareceres sobre as propostas de alteração da lei do Plano Diretor.
Seu objetivo geral é promover a ordenação dos espaços habitáveis do município e estabelecer uma estratégia de mudança no sentido de obter melhoria de qualidade de vida da comunidade local viabilizando o pleno desenvolvimento das funções sociais do todo (a cidade) e das partes (cada propriedade em particular). Seus objetivos específicos dependem da realidade que pretendem transformar.
“O foco é atualizar o plano diretor atual, trazendo de maneira fidedigna o diagnóstico e soluções, traçando diretrizes para os próximos anos”, enfatiza Marcelo Nossa.
Sob o guarda-chuva do Plano Diretor se abrigam as leis do Uso e Ocupação do Solo; de Parcelamento do Solo Urbano e Regularização Fundiária; Código de Obras; Plano de Mobilidade Urbana; Zoneamento Ambiental do Município; e Perímetro Urbano.
Problemas de ordenamento urbano foram levantados pelos vereadores na sessão de terça-feira, 3. Muitas queixas sobre falta de planejamento urbano em relação aos novos loteamentos.
O exemplo apontado é a expansão da zona norte com novos bairros que ampliam a densidade populacional na região, mas há gargalos antigos, como da Avenida Duque de Caxias e novos, que não levam em conta a mobilidade urbana que afetam o dia a dia da população. O presidente da Câmara Gustavo Pinato chegou a considerar determinadas situações urbanas em Fernandópolis como “aberrações”.