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Fernandópolis instala 40 unidades de geração de energia solar a cada mês



Fernandópolis instala 40 unidades de geração de energia solar a cada mês

A geração de energia solar na região noroeste do Estado segue em franca expansão. Em Fernandópolis, a cada mês, cerca de 40 unidades entram em operação. De janeiro a junho a cidade ganhou 251 novas unidades. Das 1.133 unidades de micro e minigeração já instaladas em Fernandópolis, 80% estão em residências. 
A expansão das unidades geradoras de energia solar em Fernandópolis ganhou impulso a partir de 2019, segundo dados disponibilizados pela Aneel. Até 2018, eram 86 as unidades em operação na cidade. Em 2020, pulou para 455, salto de 429%. 
Em junho, conforme dados da Aneel contabilizados até o dia 30, Fernandópolis ultrapassou a marca de mil unidades, exatamente 1.133 unidades, outro salto de 140%. A capacidade de geração de energia solar que em outubro de 2021 estava em 6.894,43 kW, atingiu esta semana 9.577,25 kW, aumento de 33%. 
Das 1.133 unidades, 901 estão instaladas em residências; 166 em estabelecimentos comerciais; 47 na área rural e 19 em industrias. 
O crescimento do setor é impulsionado por vários fatores: o número crescente de veículos movidos a energia elétrica e a redução da produção de eletricidade por meio das hidrelétricas, com as estiagens cada vez mais severas, como a enfrentada nos últimos anos e que levou o governo a implantar a bandeira da “escassez hídrica” que elevou a conta de energia para os consumidores até o último mês de abril.
USINA FOTOVOLTAICA
Dados da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica –  revela que a maior usina de energia fotovoltaica (energia solar) em operação na região está em Ouroeste e produz energia suficiente para abastecer cerca de 500 mil pessoas. 
A região se prepara para receber novos empreendimentos de porte como as usinas fotovoltaicas em Pedranópolis.
A AES Brasil, que opera a Usina Hidrelétrica de Água Vermelha, revelou ter dois novos projetos na região com expectativa de aumentar a capacidade de geração de energia em 120 megawatt (MW). Somente, a Usina Solar do grupo em Ouroeste, inaugurada em agosto de 2019, já é responsável por produzir energia para uma cidade com 500 mil habitantes.
A Aneel salienta que, até 2017, as usinas solares fotovoltaicas não participavam da matriz elétrica do Brasil. A rápida ascensão observada nos últimos cinco anos deve se manter em ritmo acelerado, prevê a Agência. O Brasil conta com aproximadamente 1,3 milhão de consumidores que utilizam os créditos pela energia gerada por 1,01 milhão de unidades de micro e minigeração. 
“Trata-se, portanto, do melhor momento para se investir em energia solar, justamente por conta do novo aumento já previsto na conta de luz dos brasileiros e do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023”, diz Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.
A expectativa é que usinas hidrelétricas, que hoje lideram a matriz energética brasileira, passem de 58% para 42% de participação no abastecimento do País, enquanto a participação da produção de energia solar aumente de 2% para 11%.
Dados do Plano Decenal de Expansão de Energia, do Ministério de Minas e Energia, apontam que a capacidade instalada de placas solares no Brasil deverá quadruplicar nos próximos dez anos.