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Fernandópolis melhora gestão fiscal, mas despenca no ranking nacional



Fernandópolis melhora gestão fiscal, mas despenca no ranking nacional

A gestão municipal de Fernandópolis despencou no ranking nacional do IFGF - Índice Firjan de Gestão Fiscal 2020 – divulgado esta semana. A cidade era a 1.853º do país em 2019 e caiu para 2.155º, apesar de ter melhorado a pontuação. Saiu de 0,5775 para 0,6063 e se coloca entre os municípios brasileiros classificados com “boa gestão”. 
O levantamento baseado em quatro critérios (autonomia do município, gastos com pessoal, investimentos e liquidez), é realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
O índice é inteiramente construído com base em resultados fiscais oficiais, declarados pelas próprias prefeituras e disponibilizadas pela Secretaria do Tesouro Nacional. A leitura dos resultados é bastante simples: a pontuação varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próxima de 1 melhor a gestão fiscal do município.
A análise referente aos 12 meses de 2020, ano de pandemia de Covid-19, apontou que 57,7% das 5.239 cidades brasileiras avaliadas estão com a gestão fiscal em situação difícil ou crítica. A avaliação reflete o desafio das prefeituras em administrar o dinheiro público em mais da metade do País. 
No caso de Fernandópolis, a cidade perdeu posições no ranking geral, apesar de ter elevado a pontuação total. A especialista em Estudos Econômicos da Firjan, Nayara Freire, explica que isso aconteceu porque outras cidades evoluíram mais do que o município. “O que influenciou a piora do ranking não foi a piora na gestão fiscal, mas o fato de outros municípios crescerem mais”, disse. 
Dos quatro indicadores avaliados, Fernandópolis perdeu nota em dois e avançou em outros dois. No quesito autonomia, que analisa a relação entre as receitas oriundas da atividade econômica do município e os custos para financiar sua existência, a prefeitura saiu da avaliação “excelente” (0,8489) em 2018, para avaliação “boa” (0,6768) em 2020. Perdeu posição também na gestão de gastos com pessoal (que avalia o grau de rigidez do orçamento). Ainda permanece na avaliação de gestão com “dificuldades”. Saiu de 0,5493 em 2019 para 0,5033 no ano passado. 
A evolução ocorreu nos indicadores “investimentos” e “liquidez”. O primeiro mede a parcela da receita total do município destinada aos investimentos, aqueles que geram bem-estar à população e melhoram o ambiente de negócios. Neste item a cidade saiu da posição “crítica” (0,3241) em 2018 para gestão com “dificuldade” (0,5728) em 2020. A melhor progressão ocorreu no item liquidez. Saiu de gestão com “dificuldade” (0,5715) para “boa” (0,6723).  Esse item verifica a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no ano seguinte.
Segundo a Firjan, o equilíbrio das contas públicas é crucial para a garantia de um ambiente de negócios competitivo e geração de emprego e renda para a população e os municípios têm papel fundamental nesse processo. 
Na comparação com a região, Rio Preto desponta no ranking nacional como a 86º melhor cidade do ranking nacional na gestão fiscal. No ranking estadual aparece em 6º lugar. Votuporanga e Jales aparecem respectivamente em 875º e 1.365º no ranking nacional.