Pecuaristas da região de Fernandópolis precisam vacinar este mês um total 122 mil animais, bovinos e bubalinos, de até 24 meses contra a febre aftosa. Será a última campanha de vacinação dos animais. A partir de 2024, o Estado de São Paulo assume o status sanitário de zona livre da aftosa sem vacinação.
Na área da CDA – Coordenadoria de Defesa Agropecuária - de Fernandópolis que engloba os municípios de Estrela d´Oeste, Guarani d´Oeste, Indiaporã, Macedônia, Meridiano, Mira Estrela, Ouroeste, Pedranópolis, Populina, São João das Duas Pontes e Turmalina, o índice de vacinação alcançado nas últimas campanhas foi de 100% dos animais imunizados.
O médico veterinário Felipe Gobbi diz que será a primeira vez, desde a década de 60, que o Estado de São Paulo suspenderá a vacinação contra a febre aftosa. “É uma grande conquista para os pecuaristas, mas que exigirá a partir do ano que vem uma vigilância ainda maior para impedir que a febre aftosa volte. Vamos intensificar a fiscalização dos rebanhos, mas o pecuarista precisa ficar atento a qualquer sintoma de febre nos animais e lesões na boca, patas e úberes para notificar à Defesa Agropecuária”, disse.
O veterinário Élcio Crepaldi lembra que o fim da vacinação representa um ganho de mercado importante para a pecuária paulista e o reconhecimento internacional que vai beneficiar toda a cadeia produtiva. “A retirada da vacinação é mérito do pecuarista que sempre participou das campanhas de vacinação e que permitiu a erradicação do vírus do território paulista. É importante que o criador faça a papel dele nesta última campanha que esperamos fechar o ciclo com chave de ouro”, destacou.
Segundo os veterinários, a decisão de suspender a vacinação a partir do ano que vem, segue um estudo criterioso do Ministério da Agricultura e Pecuária dentro do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa
A medida faz com que São Paulo se torne zona livre da doença sem vacinação, assim como já ocorreu com os Estados do Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Mas, ainda tem uma campanha para ser cumprida. O pecuarista tem prazo para imunização do rebanho até o dia 30 de novembro e até o dia 7 de dezembro para declarar a vacinação.
O criador que deixar de vacinar e de comunicar a vacinação estará sujeito a multas que variam de três a cinco Ufesps por animal. São R$ 171,30 de multa por cabeça que deixar de vacinar e R$ 102,78 por cabeça que não for comunicada. A declaração da vacinação deve ser realizada por meio eletrônico, através do sistema informatizado Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave). Quando não for possível, o produtor poderá acessar a declaração na internet e encaminhá-la por e-mail ou entregá-la pessoalmente na Unidade de Defesa Agropecuária em Fernandópolis.
Em todo o estado devem se vacinados cerca de 4 milhões de animais.
