Meio Ambiente

Fernandópolis registra em uma semana índice de chuva para um mês



Fernandópolis registra em uma semana índice de chuva para um mês

A chuva registrada em Fernandópolis em uma semana, é equivalente ao volume previsto para um mês inteiro. Dados da estação do Ciiagro – Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas –  mostra que no período de 29 de janeiro a 4 de fevereiro, a cidade registrou acumulado de chuva de 303,3 milímetros (cada milímetro corresponde a um litro d´água por metro quadrado). 
Esse número é superior, por exemplo, à chuva acumulada no mês inteiro de janeiro nos anos de 2021 (96 mm), 2020 (195,8 mm), 2019 (127,5 mm), 2014 (129,5 mm) e 2013 (130,5 mm). Só perde para os volumes registrados nos anos de 2018, 2017, 2018 e janeiro deste ano que foi de 335,5 milímetros conforme o pluviômetro do Ciiagro e 353,4 mm de acordo com a medição da estação do Cemaden.
O maior volume de chuva foi registrado nas 24 horas compreendidas entre 7 de horas da manhã de domingo, 30, até às 7 horas de segunda-feira, 31, que chegou a 93,7 milímetros. Esse volume foi equivalente ao registrado durante todo o mês de janeiro do ano passado (96,2 mm). Dado fechado ontem às 7 horas registrou outra chuva volumosa em Fernandópolis em 24 horas: 89.2 mm. Houve registro de alagamento na região do Parque Estoril.
Quando separado o volume de chuva somente nos primeiros dias de fevereiro, ele também surpreende: em quatro dias, chega a 168,7 mm, segundo estação de Ciiagro.
Diferente de outras regiões do Estado, em Fernandópolis a chuva foi diluída ao longo do período de 24 horas sem grandes volumes acumulados em curto período. Tanta chuva, ainda que em doses homeopáticas, foi suficiente para comprometer ainda mais a deteriorada malha viária do município. 
O volume de chuva acumulado na semana, faz fernandopolense se lembrar da tromba d´água que atingiu Fernandópolis no dia 3 de fevereiro de 2000, que despejou sobre a cidade em poucas horas chuva de 126 milímetros, que somada a do dia anterior, 108 mm, totalizou o acumulado de 234 mm em 48 horas, suficiente para isolar a cidade do resto do estado, com os principais acessos interditados. Casas foram engolidas por crateras e por toda a cidade foram contabilizados grandes prejuízos estimados na época pelo então prefeito Armando Farinazzo na faixa de R$ 2 milhões. Em fevereiro de 2000, a chuva acumulada no mês foi recorde: mais de 500 mm.