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Fernandópolis registra o inverno mais seco dos últimos 10 anos



Fernandópolis registra o inverno mais seco dos últimos 10 anos

O inverno, o mais seco desde 2011, termina na quarta-feira, 22, às 16h21, quando começa a primavera com a expectativa da chegada das chuvas para amenizar a estiagem que castiga a região. O fim do inverno com ondas de calor e baixa umidade favoreceram a ocorrências de queimadas.
O inverno que está terminando entra para a estatística como o mais seco desde 2011, com apenas 5,5 milímetros de chuva, ou seja, foi o acúmulo de chuvisqueiros no período entre as frentes frias. O cenário fica pior quando se olha as estações anteriores. O verão, que terminou em 20 de março, acumulou chuva de 294,1 mm. O outono, de março a junho, ficou com 70,8 mm. 
Juntas, as três estações, acumularam 370,6 mm. No mesmo período do ano passado, as três estações acumularam 515,6 mm, e que não está entre os períodos mais chuvosos registrados na região.
Com a prolongada estiagem, com ondas de calor e baixa umidade do ar, a região ficou exposta a queimadas e incêndios sucessivos. Sete cidades da região, incluindo Rio Preto, Catanduva, Uchoa, Santa Fé do Sul, Tabapuã, Cedral e Suzanápolis iniciaram algum tipo de racionamento de água. 
O pior efeito da estiagem é na geração de energia e os consumidores da região já estão sentindo no bolso. A conta de energia da Elektro está chegando com o aumento na tarifa (12%) e na taxa da “escassez hídrica” fixada em R$ 14,20 a cada 100 kWh.
Os níveis dos reservatórios na região estão em queda. A Usina de Água Vermelha, em Ouroeste, distante 50 km de Fernandópolis, estava na quinta-feira, 16, com volume útil de 11,1%. Outra barragem do Rio Grande, a de Marimbondo em Icem estava com 9%.
Na usina de Ilha Solteira, o reservatório esgotou o volume útil e estava em 0% na quinta-feira, 16, de acordo com dados do ONS- Operador Nacional do Sistema Elétrico. 
Em nota o ONS diz que e os dados divulgados no site do operador sobre a usina têm como referência o volume útil, definido na outorga da ANA - Agência Nacional de Águas, que considera a cota de 323 metros para não interromper o funcionamento da hidrovia Tietê-Paraná. Sobre o volume zerado, o operador frisou que significa que o volume de água está abaixo desta cota mínima para utilização da hidrovia, mas não significa que o reservatório da usina esteja vazio.
De acordo com a CTG Brasil, concessionária responsável pela usina, o local é projetado para operar até o nível de 314 metros, mas para manter a operação do canal Pereira Barreto sem restrições, a cota mínima de operação pode chegar até 323 metros.
O reservatório está dentro do nível mínimo estabelecido pelos órgãos reguladores, sendo correspondente a 0% do volume armazenado, se considerado o nível mínimo de 323 metros. Se considerar o nível de 314 metros, o volume correspondente é de 56,72% do total do reservatório.