O verão que terminou na manhã deste sábado, às 6h38, é o mais seco dos últimos dez anos, segundo registro Portal Agrometeorológico e Hídrológico do Estado de São Paulo. O índice de chuva acumulado no período entre 21 de dezembro de 2020 a 19 de março de 2021 chegou a 291,36 mm e teve influência do fenômeno La Niña, com moderada intensidade.
Na comparação com o verão mais chuvoso do período, o de 2017/2018, que registrou acumulado de 905,52 mm, o índice atual é 67,8% menor (veja quadro). O verão que terminou há pouco é 23,8% menos chuvoso que o verão passado (382,53 mm), 54,3% na comparação com o verão 2018/2019 (638,80). Só é comparável ao verão de 2014/2015, que registrou acumulado de chuva de 292,30 mm.
Atualização do site Monitor de Secas, no último dia 17, no estado de São Paulo houve avanço da seca extrema no noroeste do estado, em consequência das anomalias negativas de chuva e das temperaturas acima da média observadas em fevereiro. Em contrapartida, houve o recuo da seca fraca nas demais regiões, em função da melhora nos indicadores. Os impactos são de longo prazo no sudoeste e sudeste e de curto e longo prazo no restante do estado.
OUTONO
O outono, a chamada estação de transição entre verão e inverno, começa às 6h38 deste sábado.
A climatologia de precipitação no Brasil mostra uma grande redução dos volumes médios de chuva nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Nos últimos cinco anos a região noroeste registrou outonos com mais ou menos chuva. A estação no ano passado teve registro acumulado de 115 mm, equivalente ao volume registrado em 2019 (116 mm). O outono mais seco ocorreu em 2018 (77 mm). Mas, há histórico de outonos com chuvas acima da média, casos de 2017, 2016 e 2015, respectivamente com volumes acumulados de 325, 242 e 225 mm.
A primeira onda de frio do outono está sendo esperada para o final de abril.
Fernandópolis registra o verão mais seco em 10 anos
