Meio Ambiente

Fevereiro registra alta incidência de raios em Fernandópolis, aponta Inpe



Fevereiro registra alta incidência de raios em Fernandópolis, aponta Inpe

O Brasil é o país do mundo com maior incidência de raios. E, nesse início de 2022, o número aumentou. Nos primeiros sete dias de fevereiro, segundo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – foram registrados em Fernandópolis 1.977 raios. 
E é no verão que eles mais acontecem. É que quanto mais quente fica o ar, mais leve ele fica, tende a subir mais rápido para a atmosfera. O ar quente se encontra com temperaturas mais frias, formando gotículas de água, que se transformam em partículas de gelo que se chocam dentro das nuvens, gerando a eletricidade. Só em 2021, se formaram mais 11 mil raios. Em janeiro foram 2.022 e na primeira semana de fevereiro 1.977. 
Os pesquisadores já indicam que nos próximos anos essa quantidade de raios deve aumentar. Com mais descargas elétricas caindo, por exemplo, perto das casas e nas linhas de transmissão, a população e os serviços de energia ficam mais vulneráveis. 
Em setembro do ano passado, uma descarga elétrica que atingiu a rede elétrica da Sabesp deixou 60% da população sem água durante um fim de semana inteiro. 
São cada vez mais comuns os casos de eletrodomésticos queimados durante chuva com raios. 
Numa praia, no campo, num parque, no campo de futebol, o raio sempre cai no ponto mais alto. Se você está num lugar descampado, você é o ponto mais alto e ele vai cair em você. Um prédio, casa, quanto mais abrigado você estiver, maior a segurança, explicam os técnicos de segurança.
Nos últimos cinco anos, foram 76.360 raios, sendo que o ano de 2019, com 18.797, foi o com maior número de registros.  
De acordo com o Inpe, a corrente do raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, pelo aquecimento e uma variedade de reações eletroquímicas. Cerca de 20% a 30% das vítimas de raios morrem, sendo a maioria delas por parada cardíaca e respiratória, e cerca de 70% dos sobreviventes sofrem por um longo tempo sequelas psicológicas e orgânicas.
As recomendações do Elat/Inpe é para que durante uma tempestades, as pessoas evitem se abrigar ou caminhar perto de árvores; caminhar ou ficar parado em áreas descampadas, rodovias, ruas ou estradas; ficar próximo a cerca de arame ou veículos; abrigar-se em áreas cobertas, que protegem da chuva, mas não dos raios, como varandas, barracos e celeiros; utilizar equipamentos elétricos ligados à rede elétrica ou ficar perto de tomadas; falar ao telefone com fio ou utilizar celular conectado ao carregador; usar chuveiro elétrico; ficar próximo a janelas e portas metálicas; ficar próximo à rede hidráulica (torneiras e canos).