Saúde

Fisioterapeuta mostra como os motoristas devem cuidar do corpo



Fisioterapeuta mostra como os motoristas devem cuidar do corpo
O fisioterapeuta Alessandro Marcelino dá várias dicas aos motoristas de como ajustar o veículo para que o corpo fique numa posição correta e para que não haja muitos movimentos repetitivos – o maior causador de doenças osteomusculares.

“Movimentos repetitivos e a má postura podem ser corrigidos com pequenos ajustes em seu veículo, que minimizam o cansaço físico do motorista e o deixam mais confortável para sua viagem. Além disso, quando o motorista não ajusta o veículo de acordo com seu tipo físico, isso pode intensificar os movimentos repetitivos, causando danos às articulações, além de aumentar o cansaço físico após horas atrás do volante”, explica Alessandro.

O fisioterapeuta ensina alguns macetes simples e de fácil memorização para a distância entre o tronco e o volante: “Na hora de segurar o volante, estique o braço de modo que seu pulso encoste no volante. A mão direita deve ficar na posição do relógio quando marca 2h45 horas, enquanto a esquerda se posiciona na marca das 9h45. Desta forma, a mão que está do lado de fora da curva empurra o volante para dentro dela. Por exemplo, em uma curva para a direita, a mão esquerda é que empurra o volante. Já os braços e pernas devem ficar ligeiramente dobrados, evitando lesões e deixando os movimentos livres”.

Quanto à altura ideal do assento, Alessandro diz que as montadoras fazem adaptações dos veículos tendo em vista o biótipo da maior parte da população e há muitas dúvidas quanto à altura do assento. Para saber a distância correta deve-se medir a distância de quatro dedos da cabeça para o teto do carro. “Para os baixinhos, deve ser feito o ajuste vertical do banco de modo que ele consiga visualizar o capô do veiculo, proporcionando assim boa visibilidade de obstáculos que possam estar próximos”, aconselha.

Já os retrovisores devem ser posicionados de forma que o condutor movimente somente os eixos dos olhos. O condutor deve enxergar bem a pista e quase nada da lateral do carro, já que o espelho interno deve permitir uma visão ampla do vidro traseiro. Os laterais estão na posição correta quando, sentado na posição de direção, o motorista consegue ver o limite traseiro do veículo, evitando a possibilidade de “pontos cegos”.

Para medir a distância dos pedais, deve-se apoiar o pé esquerdo no descanso lateral, ao lado do pedal da embreagem, puxar o assento para frente e aplicar toda a força na perna esquerda. “Assim, o joelho forma um ângulo sem que a perna fique completamente esticada”, explica.
O assento está na posição correta quando conseguimos apoiar os pés no chão acionando todos os pedais, sem forçar a coluna nem movimentar o glúteo. Já o encosto deve estar o mais próximo possível de um ângulo de 90º.

“O cinto de segurança existe para limitar a movimentação dos ocupantes de um veículo, em caso de acidente ou uma freada brusca. Por isso, deve estar em ótimo estado de conservação e elasticidade. Ele deve ser ajustado ao corpo sem deixar folgas, passando sobre o ombro e atravessando o peito sem tocar o pescoço. Já a faixa inferior deve ficar abaixo do abdome, sobretudo em caso de gestantes”, ressalta Alessandro sobre o mau uso dos cintos de segurança principalmente em carros mais velhos, onde as pessoas costumam esquecer que o objeto também faz parte da segurança do veículo e merece a mesma atenção que os outros componentes do carro.
As doenças mais freqüentes entre os motoristas, segundo Marcelino, são lombalgia, dorsalgia, hérnia de disco, hipertensão, cardiopatia isquêmica, aterosclerose, depressão, estresse, problemas auditivos, doenças renais e muitas vezes até fraturas de punho, mão, perna e tornozelo.

“Doenças essas muitas vezes geradas pelas condições de trabalho que são submetidos no dia a dia ao ficarem expostos às máquinas, equipamentos e condições físicas ambientais como calor, umidade, frio, ruído, radiações, vibrações, poeiras, iluminação deficiente e ventilação. E também por opção dos motoristas em beber pouco liquido dentre poucas paradas pode acarretar em problemas do aparelho urinário”, explica o fisioterapeuta.
Para mais informações, Alessandro está à disposição por meio do telefone: (17) 9129-5867. O mesmo número serve para agendar seus serviços de home care.