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Garota de 16 anos é assassinada a facadas no Ipanema



Garota de 16 anos é assassinada a facadas no Ipanema
Vítima escreveu recentemente atrás de foto de seu algoz: “Só Deus sabe minha hora!”

Uma briga de casal terminou em morte por volta das 5h40 desta terça-feira, 16, na Rua Ermando Guimarães n.º 111, no Jardim Ipanema, nas proximidades do Palace Motel. Elen Aparecida Horácio da Silva, de 16 anos, grávida de cinco meses, foi esfaqueada pelo seu amásio, Edinei Leandro Cuiabano, 21. Foram dois golpes, um no seio esquerdo e o outro, fatal, no centro do coração.

O autor do assassinato, conhecido como “Dinei”, fugiu logo após o crime, e até o fechamento desta edição não havia sido preso pela polícia. Ele era considerado foragido da Justiça, tinha uma condenação para regime semi-aberto e um novo mandado de prisão já havia sido expedido nas últimas semanas. A residência onde ocorreu o homicídio pertence ao avô do acusado, e nela residem várias pessoas, todos da mesma família, entre primos, irmãos e irmãs de Dinei.

O histórico de brigas do casal é extenso, com vários registros de boletins de ocorrência, como nos dias 20 de novembro e 6 de dezembro deste ano. No último B.O., constou que Dinei teria ferido Elen com uma garrafada, o que gerou ferimentos no ombro esquerdo e nas costas, bem como “vários pontos, cerca de 28” no braço da garota, segundo informou o irmão da vítima, conhecido como “Bira”.

Um outro B. O, registrado no mês de outubro, conteria relato de uma outra briga do casal, quando Dinei teria acertado uma facada em Elen. O casal vivia maritalmente há aproximadamente oito meses. Familiares de Elen garantem que o relacionamento entre o assassino e sua vítima era marcado por brigas e agressões.

CENA DO CRIME

Uma casa simples, em um bairro periférico de Fernandópolis. Uma discussão que começou no quarto do casal e acordou familiares que estavam na casa. O avô de Dinei, Natalino Leandro, levantou-se e quando estava na cozinha, viu Elen correndo, tentando fugir de seu agressor, e logo em seguida, cair no chão. “Ela respirava com dificuldades e saía muito sangue, eram esguichos fortes de sangue. Eu tentei pegar a faca do Dinei, mas ele saiu correndo. Em frente de casa estava um pouco mais claro, por causa das luzes dos postes, mas lá pra baixo (apontando o fundo do bairro Ipanema) estava muito escuro, e ele sumiu no meio da escuridão e não o vi mais. Era mais ou menos 5h40 da manhã”, disse o avô de Dinei. Elen estava grávida, e o feto, com cerca de 20 semanas, era do sexo feminino. O Resgate do Corpo de Bombeiros foi até à casa de Natalino e prestou os primeiros socorros a Elen, que morreu ainda no local do crime. Na Santa Casa, após ser confirmado o óbito da garota, os médicos ainda tentaram salvar o bebê, realizando uma cesariana. Porém, constatou-se que o feto ainda não tinha os pulmões devidamente formados, por isso ele não resistiu e também morreu.