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Gente que ama Fernandópolis



Gente que ama Fernandópolis
Eles nasceram ou viveram boa parte de suas vidas em Fernandópolis, porém o destino lhes exigiu que buscassem novos horizontes, longe da terra de origem.
Mesmo depois de anos, nunca morreu a saudade da cidade calma e acolhedora, que faz parte de suas histórias particulares e que jamais esquecerão.

Emerson Luis Biazi, tem 33 anos e mora em Chicago no estado de Ilinois - Estados Unidos há cinco anos. Gerente geral de um restaurante cubano com capacidade para 350 pessoas onde fatura anualmente cerca 20 milhões de dólares.
“Foi uma mudança violenta, primeiramente por causa do clima. Fernandópolis tem um inverno de dez graus Celsius, enquanto em Chicago entre 25 e 35 graus negativos.
Estive no Brasil no ano passado e fiquei contente de ver que finalmente estão trabalhando no hospital do câncer, um grande passo para a região. As faculdades estão crescendo dia-a-dia, mas confesso estar um pouco desapontado com a política que não vai muito bem por aí.
Toda semana tenho saudades de um cupinzinho de final de tarde e aquela skol gelada que não tenho encontrado em parte alguma.
Mas como diz meu avô Angelo Biazi, que nasceu em Fernandópolis, ‘quem passa pela boiadeira das Duas Pontes nunca se muda da cidade’, expressão antiga que descreve a cidadania dos caboclos, e descreve exatamente o que sinto. Tenho muita saudade da cidade e pretendo retornar muito em breve”.


Tiago Augusto Maioto Prates da Fonseca, tem 20 anos e mora em São Paulo, capital, onde estuda Publicidade e Marketing na Universidade Mackenzie.
“Depois que me mudei para a capital conheci pessoas novas, várias cidades, experiências que uma cidade de interior não poderia proporcionar; mas nada como voltar para o interior e me sentir em casa.
Se eu pudesse dar um presente a Fernandópolis seria uma vida cultural melhor, por mais tentativas que ocorram, a infra-estrutura da cidade pra esses tipos de eventos, deixa um pouco a desejar. Mas Fernandópolis é uma cidade excelente, que possui todos os problemas normais das cidades interioranas. Portanto não tenho do que reclamar.
Para mim, Fernandópolis sempre foi o meu lar. Um lugar calmo e tranqüilo, onde posso ter uma vida livre, independente de horários e obrigações. Sair de madrugada com meus amigos era natural e seguro, onde podíamos fazer luais, zoar a noite toda, ou seja, não importa o que fizéssemos, o que eu mais gostava era das madrugadas.
Tenho muita saudade da minha família e dos amigos. Por mais que você ache novos, sempre saberá que os verdadeiros foram aqueles que cresceram com você“.


Leandro Jacob Soares, 20 anos, é estudante de Administração Pública em Araraquara – São Paulo e está fazendo uma extensão em Santiago de la Compostela em Galicia na Espanha.
“Minha vida depois que sai de Fernandópolis mudou muito. Fui para uma cidade maior, conheci muita gente, ainda mais agora que estou estudando fora do país. Sinto que as mudanças são mais fortes. Apesar de tudo sempre fiz questão de manter contato com o pessoal no Brasil.
Tenho certeza que meus horizontes aumentaram de forma considerável, mas sem dúvidas minha formação como pessoa, onde meus amigos, minha família e colegas de colégio contribuíram efetivamente, me ajudaram muito. Quando volto sinto o carinho das pessoas e vejo que essa é minha casa.
O fato de não ter tantas oportunidades em Fernandópolis me fez tomar a decisão de me mudar pra buscar meus objetivos. Mas espero poder voltar para contribuir na mudança desse quadro e retribuir a receptividade com que a cidade sempre me acolheu.
As pessoas e o fato de ser pequena e, de certo modo, sempre me sentir bem-vindo e em casa são fatores de que jamais esquecerei”.


Caio Cezar Menezes Pinto, 19 anos, foi embora para o Rio de Janeiro com os pais aos 16 anos. Atualmente é músico da banda Linear.
“Em Fernandópolis a paz e a tranqüilidade não faltavam. Muito diferente da realidade carioca. Mas não deixei de persistir nos meus objetivos.
Eu me formei no Colégio Militar do Rio de Janeiro, deixei para trás uma banda, mas não parei com a música e logo entrei na Linear. Estamos produzindo nosso primeiro CD e levando a sério a carreira da banda.
Fiquei sabendo sobre a obra na praça da matriz e achei sem necessidade no momento. Nada haver mudar um patrimônio assim, sem utilidade prática e motivos contundentes.
Sinto saudades da Casa de Portugal e das amizades que conquistei. Fernandópolis sempre foi o melhor lugar para se morar. Quando eu voltar, quero presentear a cidade com um show da Linear”


Micael de Mattos Aguena, 19 anos, mora em Takaoka em Hamamatsu no Japão

“Estou gostando muito de viver no Japão, conhecendo a cultura de minha família, experimentando novos climas, apesar de trabalhar muito, posso aproveitar meu tempo vago para conhecer cada vez mais esse pequeno país.
Sempre me informo sobre o que acontece em Fernandópolis, algumas coisas me deixaram preocupado, principalmente com o aspecto político, mas isso acontece em toda cidade.
Essa cidade foi onde eu nasci, conquistei amizades verdadeiras e tive minha formação. Onde meu caráter foi construído pela minha família e amigos.
Eu sinto muitas saudades de todos. Tenho muita vontade de voltar para visitar as pessoas que eu amo”.