Educação

Governo prepara volta às aulas com rodízio entre alunos



Governo prepara volta às aulas  com rodízio entre alunos
Alunos da rede estadual em Fernandópolis

O secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, disse nesta sexta-feira, 24,  que fará um rodízio de estudantes da rede pública no retorno às aulas presenciais nas escolas em todo o estado de São Paulo. As aulas, que estão suspensas desde 23 de março após a pandemia de coronavírus, devem ser retomadas em julho para algumas cidades e de forma gradual.
A medida será válida para alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior. "Nós estamos trabalhando a volta em forma de rodízios em uma possível liberação que dependerá exclusivamente também da decisão do Comitê de Contingência e da Secretaria da Saúde", afirmou.
Uma parte dos alunos terá aulas na escola enquanto outra parte continua tendo aulas remotas, a distância, para manter o distanciamento das mesas e materiais de higiene. "Um possível retorno em julho será para regiões específicas e gradual. Nós não retornaremos com todos os estudantes no mesmo dia. Então, nós teremos rodízios de estudantes, porque numa sala de aula que tem 35 estudantes para manter um metro de distância, por exemplo, não será possível trabalhar com 30 ou 35 estudantes", argumentou Rossieli.
Os alunos da rede pública, que estão em casa devido a quarentena do coronavírus, passarão a ter aulas a distância pela televisão e por aplicativo a partir da próxima segunda-feira, 27, pela TV Univesp.
De acordo com Rossieli, a liberação dos alunos de frequentar as escolas vai começar pelo Ensino Infantil em algumas regiões após autorização do Comitê de Contingência, da Secretaria da Saúde e do município da referida unidade de ensino, já que a educação infantil é de responsabilidade dos municípios. Em Fernandópolis, são cerca de 6 mil alunos. 
A liberação também deve ser de forma gradual e priorizar as crianças de mães que trabalham fora. "Quando houver determinado tipo de liberação nós poderemos começar então a liberar a educação infantil. Ai o primeiro grau o atendimento restrito às mães trabalhadoras. Então se em algum lugar lá no Plano São Paulo tiver a liberação de determinado município para, por exemplo, o comércio retomar poderá ter o atendimento, mas não todas as crianças, neste primeiro momento, para ser gradual, para as mães trabalhadoras, por exemplo, isso é fundamental", explicou.
Rossieli ressaltou que não haverá protocolos diferenciados no Ensino Infantil porque não é possível determinar para uma criança pequena ou bebê o distanciamento necessário.