A Agrícola Arakaki é a principal responsável pelo fornecimento de cana-de-açúcar para a Alcoeste, produzindo 85% de toda a cana processada pela destilaria. Ela administra propriedades rurais, que juntas possuem 15 mil hectares de área plantada.
Na safra 2007, a Alcoeste moeu 996.338 toneladas de cana-de-açúcar e produziu 86 milhões de litros de álcool.
Nos outros países produtores de biocombustível, a capacidade produtiva de álcool extraído da cana-de-açúcar em litros por hectare é de 4.570. No Brasil, a capacidade é de 6.552 l/ha. Já na Agrícola Arakaki e Alcoeste, este número é de 8.631 l/ha. Segundo o gerente agrícola do Grupo Arakaki, o engenheiro agrônomo Armando Tokuiti Kanazawa, são vários os fatores que contribuem para essa a alta capacidade produtiva, como a conservação do solo, adubação correta, calagem, aprimoramento genético das variedades de mudas e técnicas especiais de maturação. Porém, o principal fator é o clima da região, que contribui decisivamente para o aumento da sacarose da cana-de-açúcar (ATR Açúcar Teórico Recuperável), pois quanto maior o índice de ATR, maior é a extração de álcool da cana.
A cana-de-açúcar no Oeste Paulista
Segundo o Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, atualmente o uso do solo no Oeste Paulista tem a seguinte divisão: 64,39% são utilizados para pastagens, 15,01% para cana-de-açúcar e 20,60% para outras culturas.
O mesmo instituto tem a seguinte previsão de utilização do solo do Oeste Paulista para o ano de 2012 (considerando-se que todas as usinas da região a serem implantadas já estejam produzindo): 47,70% serão utilizados para pastagem, 31,70% para cana-de-açúcar e 20,60% para outras culturas.
Atualmente, nos 201.699,69 hectares da comarca de Fernandópolis, 8.256,54 são destinados à plantação de cana-de-açúcar, o que representa 4,09%. Na comarca de Jales, esse índice é de 0,33% e na comarca de Estrela DOeste 5,62%.
Segundo a UDOP União dos Produtores de Bioenergia do Oeste Paulista, com a previsão de instalação das novas usinas na região, haverá uma geração de 300 mil novos postos de serviço, sendo que destes, 100 mil terão que ser mão-de-obra especializada nas áreas agrícola, industrial, administrativa, financeira e de informática. Essas novas usinas investirão cerca de R$ 42 bilhões, o que gerará R$ 9 bilhões em impostos e taxas.