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Grupo de teatro da FEF estréia peça na próxima terça



“Os Remanescentes da Barca”, grupo de teatro da Fundação Educacional de Fernandópolis, faz a estréia de seu primeiro espetáculo na próxima terça-feira, dia 25 de setembro, no Teatro Municipal “Merciol Viscardi”, às 19h30.
A peça será “Torturas de um Coração”, do consagrado autor Ariano Suassuna, que já escreveu obras famosas como “O Auto da Compadecida”, que já virou mini-série na televisão e filme. “Torturas do Coração”, assim como o “Auto”, também tem como fundo o cenário Nordestino e traz no enredo personagens do imaginário popular como a mocinha, o malandro e os valentões, por meio dos quais Suassuna retrata situações do cotidiano brasileiro.
“Esse espetáculo é o resultado de um trabalho que começou no início do ano passado, com oficinas de teatro oferecidas gratuitamente aos alunos da Fundação. Essas oficinas têm como objetivo não só a formação de atores ou atrizes para o teatro, mas a utilização das técnicas de artes cênicas para desibinição, melhor impostação da voz e articulação das palavras, características que qualquer profissional precisa no seu dia-a-dia”, explica Fábio Sanches, diretor da peça e professor das oficinas.
Cerca de trinta universitários começaram participando das oficinas, mas atualmente seis pessoas fazem parte do grupo, incluindo alunos dos cursos de Letras, Matemática, Enfermagem e um aluno do ensino médio. O primeiro texto trabalhado pelo grupo foi “O Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, que acabou sendo trocado pelo texto de Suassuna ao longo do trabalho. Por esse motivo o grupo leva o nome “Os Remanescentes da Barca”.
Além de fornecer o espaço físico para os ensaios, a FEF também patrocinou o figurino e o cenário da peça, que terá um caráter itinerante. “O cenário é interessante porque pode ser montado em qualquer lugar: no teatro municipal, em uma sala de aula, em um parque ou até mesmo em um estacionamento. A intenção da Fundação é levar essa peça para os mais variados lugares, oferecendo cultura gratuitamente para a comunidade, além de divulgar o próprio trabalho da Fundação”, conta Sanches.