Igreja decide absolver padre Telmo por violação de segredo de confissão

O padre Telmo José Amaral de Figueiredo foi absolvido pela Igreja católica da acusação de violação do segredo de confissão. O anúncio será feito oficialmente no próximo dia 17, durante missa que será celebrada pelo bispo de São José do Rio Preto, Dom Paulo Mendes Peixoto, na Paróquia Divino Espírito Santo, onde o padre servia.

Telmo, porém, deverá retornar à Diocese de Jales – ele trabalhou muito tempo em Fernandópolis – já que o bispo entende que a mudança será benéfica ao sacerdote. O padre, porém, garantiu que gostaria de permanecer em Rio Preto, mesmo que em outra paróquia. A decisão caberá à Diocese de Rio Preto, que discutirá a questão com Dom Demétrio Valentim, bispo de Jales.

O caso teve início em 2006, em face de denúncias feitas por dois jovens paroquianos. O Tribunal Eclesiástico de Rio Preto o julgou culpado. Telmo recorreu ao Vaticano, que designou o Tribunal Eclesiástico de São Paulo como competente para avaliar o caso. A instância paulistana absolveu o padre. A decisão, posteriormente, foi homologada pelo Vaticano.

Segundo o padre Telmo, a queixa formulada por dois jovens da paróquia do bairro Solo sagrado teria sido uma espécie de “vingança”. O padre diz que tem a consciência tranqüila e que a denúncia se deveu a “um fato que aconteceu na paróquia” (ele não disse qual era).

Aliviado, Telmo declarou que “a decisão romana, tomada diante de uma acusação falsa, representa o reconhecimento de que exerço minhas funções com responsabilidade. Quero permanecer em Rio Preto, mas isso não depende de mim”. Ele voltará a ministrar aulas no seminário da Diocese na próxima segunda-feira.