Impasse entre Vadão e IFC irrita funcionários do frigorífico

A decisão do proprietário do Estrela Alimentos, de pedir judicialmente a rescisão do compromisso de transferência de arrendamento da planta frigorífica de Fernandópolis, até então de titularidade do IFC, causou revolta entre os magarefes, vigilantes, pessoal burocrático e demais funcionários da empresa.
De acordo com o pedido formulado no processo de recuperação judicial, o IFC não teria deixado as instalações nas condições que alegara, o que, sempre de acordo com o alegado, impediria o início imediato das atividades.
Para os funcionários, porém, uma eventual disputa judicial entre o IFC e o Grupo Estrela, quanto aos gastos de recuperação das instalações frigoríficas, não deveria atingir os trabalhadores: “O Vadão deveria pagar os salários e recuperar os equipamentos. Depois, ele que cobrasse da IFC. Dinheiro ele tem”, disse um dos manifestantes, que pediu que seu nome não fosse divulgado.
O juiz Heitor Miúra não conheceu do pedido de rescisão, por considerar que ele deveria ter sido feito “em ação autônoma”. Nesta segunda-feira, os manifestantes aguardavam a presença do advogado José Alberto dos Santos, do Sindicato da Indústria de Alimentação de Votuporanga. Por volta das 12h, Santos apareceu na sede da empresa.e comunicou que entrara com representação pedindo o cumprimento do acordo.
Logo depois, a prefeita Ana Bim apareceu na Avenida Expedicionários e convidou os trabalhadores para que nomeassem uma comissão de três integrantes para conversar com o deputado Vadão Gomes em Estrela D’Oeste. Formada rapidamente, a comissão acompanhou Ana Bim até Estrela D’Oeste.

AMÔNIA
Uma das grandes preocupações em relação às instalações do frigorífico são os tanques de amônia ali existentes. Atualmente, 12 mil quilos do produto estão armazenados no frigorífico. O gás é usado para manter as câmaras frias. Segundo informações de funcionários, a manutenção é fundamental para evitar acidentes. Porém, com a paralisação dos trabalhos, isso não está acontecendo.