Saúde

Infectologista explica as diferenças dos sintomas e a importância do diagnóstico da Dengue e da Covid-19



Infectologista explica as diferenças dos sintomas e a importância do diagnóstico  da Dengue e da Covid-19

Atualmente o mundo vive a pandemia de Covid-19 e, na última semana, em Fernandópolis, foi decretada epidemia de Dengue. Duas doenças com os sintomas semelhantes que tem confundido a cabeça de muita gente.
Conversamos com o infectologista Maurício Fernando Favaleça, que atua no Cadip – Centro de Atendimento a Doenças Infectocontagiosas - que explicou a diferença entre os sintomas entre as duas doenças.
De acordo com o médico, ambas podem iniciar com sintomas muito comuns como febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor articular, náuseas, vômito e diarreia. Os sintomas que diferenciam uma da outra é o aparecimento de manchas vermelhas no corpo, no caso da Dengue e, os sintomas respiratórios como: coriza, dor de garganta, dor torácica, tosse e falta de ar são mais encontrados nos casos de Covid-19. “Uma das principais complicações no caso de Dengue é o sangramento enquanto na Covid-19 é a hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue) ”.
Favaleça explica que o diagnóstico da dengue é feito com critérios clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e nos casos de epidemia local, os diagnósticos passam a ser definidos por outros critérios e não mais somente pelos casos confirmados por sorologias. “Após o início dos sinais e sintomas o paciente deve procurar atendimento médico para ser avaliado e orientado”, alerta.
TRATAMENTO
Segundo o infectologista os tratamentos disponíveis para as duas doenças são para amenizar os sintomas nos casos leves e, nos casos mais graves, medidas específicas para cada caso.
“Na dengue é muito importante uma boa hidratação. No caso da Covid-19 quando hospitalizado os pacientes recebem tratamentos com oxigênio, corticoides, anticoagulantes e outros conforme a necessidade. Importante ressaltar que na dengue não devemos utilizar medicamentos contendo ácido acetilsalicílico, AAS e devemos evitar anti-inflamatórios. Ambos tratamentos devem ser individualizados, por isso, a necessidade de serem prescritos e acompanhados por médicos”. O médico também alerta sobre o perigo da automedicação que pode trazer complicação, deixar a doença mais grave, além de, poder causar danos ao fígado, rim e outros órgãos.
Uma das novidades no tratamento da Covid-19 divulgados essa semana pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária – foi a autorização do uso emergencial do coquetel Regen-Cov2 no tratamento de pacientes. O tratamento, liberado em caráter experimental, reúne anticorpos monoclonais Casirivimabe e Imdevimabe é destinado a casos leves e moderados com resultado positivo para o novo coronavírus de pacientes do grupo de risco da doença e que não necessitam de suplementação de oxigênio.
PREVENÇÃO
Para a prevenção de ambas as doenças é necessário cuidado especial com a higiene, principalmente. No caso da Dengue, além de evitar a proliferação do mosquito, é importante o uso de repelentes e no caso da Covid-19 é necessária a utilização de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social. “No caso da Dengue, também é possível prevenir com uma vacina disponível apenas na rede particular, de acordo com alguns critérios para sua utilização, já a Covid-19, a campanha de vacinação já está sendo realizada”, completa o médico. Em Fernandópolis mais de 22 mil doses de vacina contra Covid-19 já foram aplicadas.
Os pacientes com os sintomas de Dengue ou Covid-19 devem procurar a UBS – Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência ou a UPA – Unidade de Pronto Atendimento.