Saúde

Infestação do aedes põe cidade em risco de nova epidemia de dengue



Infestação do aedes põe cidade em risco de nova epidemia de dengue

O IB - Índice de Breteau - que mede o nível de infestação do mosquito Aedes aegypti dentro das residências, ficou em 2,4 em janeiro em Fernandópolis. Acima de 1 já é estado de alerta com risco de epidemia de dengue.

O alerta foi feito pela equipe de Vigilância Epidemiológica, já que o período é crítico em função das chuvas e temperatura elevada o que contribui para proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Em 2019, Fernandópolis registrou a maior epidemia de sua história com cerca de 4,6 mil casos positivos, mas a doença é subnotificada. A enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Aline Furlan, alerta para a forma banal como a população trata a dengue. “Temos que lembrar que a dengue pode apresentar complicações e levar a óbito”, afirmou. No ano passado a cidade registrou duas mortes.

Neste mês de janeiro a cidade já confirmou 23 casos positivos da doença e aguarda resultado de outros 42 casos. Esse número representa menos de 10% do total de casos notificados em janeiro do ano passado.

Simone Ruvieri, que integra a equipe do IEC de combate à dengue, lembrou que a infestação do mosquito na cidade é suficiente para desencadear uma nova epidemia. “Infelizmente, a maioria dos focos criadouros do mosquito estão dentro das residências, em bebedouros de animais, caixas de isopor, caixas térmicas e utensílios que acumulam água”, disse.

Na vizinha Votuporanga, a epidemia se alastra. São 1.043 casos positivos de dengue registrados somente no primeiro mês do ano de 2020. De acordo com a Secretaria de Saúde, que divulgou o boletim epidemiológico na tarde desta terça-feira (29), há 2.559 notificações e 1.639 pessoas ainda aguardam os resultados de exames.