Saúde

Inquérito da morte das gêmeas termina sem conclusão de culpa



Inquérito da morte das gêmeas termina sem conclusão de culpa
“Uma fatalidade, onde não se pode apontar culpados”. Essa é a conclusão que emana da investigação realizada durante quatro meses pelo delegado de polícia José Flávio Guimarães, do 2º Distrito Policial de Fernandópolis, sobre a morte de duas gêmeas na Santa Casa da cidade, no final do ano passado.

O documento foi enviado na segunda-feira ao Ministério Público, para apreciação do promotor de Justiça Denis Henrique Silva. O promotor poderá oferecer denúncia de imediato, determinar a devolução à polícia para novas diligências ou arquivar o caso.

Em dezembro de 2007, a empregada doméstica Rita de Cássia dos Santos deu à luz a duas meninas, Lorraine e Layane, na Santa Casa de Fernandópolis. Layane morreu no dia do parto, enquanto que Lorraine viria a falecer dois dias depois, na UTI Neonatal de Jales.

A morte das meninas provocou comoção em Fernandópolis. Inconformados com a inexistência de UTI neonatal numa cidade de mais de 60 mil habitantes, populares fizeram um abaixo-assinado com mais de 14 mil assinaturas. O documento deverá ser encaminhado ao Secretário Estadual da Saúde, Luiz Barradas Barata.

“Apesar do relatório da Secretaria de Saúde (que apontou indícios de irregularidade nos procedimentos dos médicos), não vislumbrei elementos que apontassem a culpa de alguém”, disse o delegado Guimarães.

Segundo o relatório da sindicância, caso os médicos tivessem insistido nos contatos com a Central de Vagas de São José do Rio Preto, pelo menos Lorraine poderia ter sido salva.