Saúde

Instituto de Prevenção de Fernandópolis retoma 40% dos atendimentos



Instituto de Prevenção de Fernandópolis retoma 40% dos atendimentos

O Instituto de Prevenção “Julia Marzola Faria” de Fernandópolis, unidade mantida pelo Hospital de Amor de Barretos, já retomou 40% do seu atendimento, depois de permanecer cerca de 4 meses fechado, desde 23 de março. A retomada gradual segue protocolo de segurança respeitando não apenas a necessidade no retorno dos exames preventivos oferecidos, mas também garantindo a segurança de pacientes e profissionais de saúde a partir dos cenários locais frente à pandemia.
De acordo com a enfermeira responsável técnica da unidade, Tânia Lourenço, neste momento são realizados exames de ultrassonagrafia e mamografia encaminhados pelo Hospital de Amor de Jales ou de pacientes já em tratamento de câncer e que precisam passar por avaliações. Os exames de prevenção serão retomados em uma próxima fase.
De acordo com a médica radiologista do Instituto de Prevenção do HA, Dra. Sílvia Sabino, o protocolo é resultado de uma ação conjunta de profissionais de diversos setores da instituição, com o suporte do Colégio Brasileiro de Radiologia e do instituto holandês The Dutch Nacional Expert and Training Center for Breast Cancer Screening (LRCB), além da participação de profissionais parceiros do Canadá e Reino Unido que disponibilizaram suas próprias orientações de retomada.
A médica explica que a urgência em reabrir as unidades leva em consideração o volume de exames realizados por mês antes da pandemia e o tempo que pode demorar para acomodar a fila de pacientes que se formou com a paralisação. “Nós temos um problema muito grande, pois, com certeza, teremos um atraso em termos de diagnóstico”, ressalta.
A nova ferramenta calcula automaticamente em que fase da pandemia a unidade está, qual o risco de contaminação e a porcentagem de funcionamento com que a unidade pode trabalhar, determinando, inclusive, o número máximo de atendimentos permitidos por dia.
O volume de exames realizados por dia no Instituto de Fernandópolis girava em torno de 30 exames de ultrassonografia e 50 de mamografia. “Hoje estamos realizando em torno 40% do atendimento anterior, exatamente para evitar aglomerações”, explica a enfermeira. Pequenas cirurgias estão suspensas, principalmente de pacientes com câncer de pele, exatamente pela exposição ao risco de contágio. 
A primeira fase foi de fechamento da unidade, a partir de 23 de março. No período, 70% dos servidores permaneceram em casa e agora estão retomando gradativamente. A próxima fase, que depende do andamento da pandemia, prevê a retomada total do atendimento. 
Futuramente, quando forem retomados os atendimentos de rastreamento populacional de baixo risco, uma nova ferramenta será incorporada ao protocolo. Resultado de uma parceria com o Massachusetts General Hospital de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), o dispositivo utilizará inteligência artificial para estabelecer a prioridade no atendimento, a fim de reduzir o impacto que poderia ser causado por diagnósticos tardios.