A tenista fernandopolense Isabella Marchan Catelani, filha dos empresários Fátima e Antonio Carlos Catelani, tem apenas 13 anos, mas uma carreira de causar inveja a muitos adultos. Depois de vencer vários campeonatos em Fernandópolis e região, Isabella foi para São Paulo preparar-se com um dos melhores treinadores do Brasil: ninguém menos que Jaime Oncins.
O resultado não poderia ser outro: Isabella agora está em Bradenton, na Flórida, treinando e aprendendo inglês. De lá, ela nos conta como vai sua vida, suas maiores expectativas e a convivência com a saudade.
VIVA! - Como e quando você descobriu que tinha vocação para jogar tênis?
Isabella - Comecei a jogar porque meu tio jogava. Depois, comecei a me dar bem em torneios. E no ano passado fui morar em São Paulo.
VIVA! - Antes de ir para os EUA, você foi para São Paulo treinar. Como foi essa experiência?
Isabella - Bom... Quando eu treinava aqui em Fernandópolis, com o professor Ita, fui chamada para treinar na Federação Paulista De Tênis. Fica a três quadras do Ginásio do Ibirapuera. Antes de eu ir pra lá, o presidente da Federação me perguntou três vezes se eu gostava de jogar tênis.Falei que sim e foi aí que minha vida começou a mudar.
VIVA! - Como surgiu a oportunidade de ir treinar nos EUA? Quem te convidou? Quando você foi?
Isabella- Meu treinador, Jaime Oncins, comentou com meus pais que eu tinha talento e eu dizia desde pequena que meu sonho era ir treinar na academia Nick Bolletieri .Então, encontrei Raquel Gomez (Representante da academia no Brasil), conversamos e deu certo de eu vir para cá. Vim dia 5 de janeiro junto com Jaime Oncins e o filho dele, Lucas Oncins. Mas, ele ficou apenas uma semana.
VIVA! - Como é o seu dia-a-dia nos EUA? Quantas horas diárias de treino?
Isabella- Eu comecei a fazer aulas de inglês na parte da manhã. Meu treino é na parte da tarde, começa às 13:30 e termina às 16:30. Depois eu tenho o IPI (preparo físico) que vai até às 17:30. Tem também o Game On, que é um preparo para aprender como lidar com a situação de "ser famoso". Toda semana tem o Strateg Zone que é assim: quando você joga tem câmeras por todos os lados filmando, depois você vai para uma sala e escolhe um jogo seu para eles compararem com o de um profissional. É muito bom porque você consegue observar seus defeitos.
VIVA! - Você já disputou algum campeonato nos EUA?
Isabella - Já disputei um da USTA. Perdi na semifinal para a jogadora número 2 do ranking. Mas eu pretendo treinar mais, ganhar um pouco mais de experiência para depois jogar torneios. Disputei a categoria até 14 anos. Esse é o meu segundo ano nessa categoria.
VIVA! - Onde você pretende chegar profissionalmente? Quais são os seus sonhos?
Isabella - Bom... Quero agradecer à minha psicóloga Mariza Agresta porque ela me fez ver que temos que pensar no presente, principalmente, não pensar muito lá na frente porque existem obstáculos e se você esquece tudo e só pensa no futuro, pode tropeçar e cair em um deles. Então, por enquanto eu pretendo melhorar muito meu tênis e meu inglês.Esta experiência está sendo maravilhosa. Meu sonho sempre foi e sempre vai ser (até ele se tornar realidade) entrar na lista das Top 10 do mundo. E depois de tudo, SER A NÚMERO UM! Quero agradecer meus pais por tudo que eles estão fazendo por mim. Agradecer ao meu pai por ter me levado a todos os torneios e por ter me apoiado mesmo nas horas que eu estava perdendo. A minha mãe por ter mudado de vida só para ir morar comigo em São Paulo. A minha irmã por ter ido junto comigo e por ser minha melhor amiga.
VIVA! - Existe alguma diferença entre os treinos aqui no Brasil e ai nos EUA? Eles são mais exigentes?
Isabella - Aqui a exigência é muito maior. Pretendo aprender tudo que eu tenho que aprender aqui nos EUA e se eu virar uma tenista profissional eu quero ser com o meu antigo treinador Jaime Oncins. Prefiro não falar sobre a diferença do treinamento, pois não é tanta assim. Se não fosse o Jaime eu não estaria aqui hoje, pois ele me deu toda a base que precisava para estar aqui. Então não senti tanta diferença. Aqui é um país de primeiro mundo. (risos)
VIVA! - Você está estudando? Onde?
Isabella - Apenas faço aulas de inglês na Universidade de Miami. Dentro da academia mesmo.
VIVA! - Como está sendo a adaptação aí nos EUA?
Isabella - Todos falavam que ia ser difícil, mas hoje eu estou muito feliz por mim mesmo porque consegui fazer muitos amigos e estou me adaptando muito bem. Quando comecei a me adaptar fiquei mais assustada do que quando fiquei sabendo que não existia Papai Noel.(risos)
VIVA! - Como você lida com a saudade? Do que mais sente saudade do Brasil?
Isabella - É bem difícil. Todo dia eu ligo a cobrar (mas ligo) para os meus pais (risos). Estou com saudades dos meus tios e primos também. Do meu avô e da minha avó. Mas, sei que é para o meu bem, então pretendo encarar a saudade.
VIVA! - Poderia dar algum conselho ou dica para quem pretende seguir carreira dentro do tênis?
Isabella - Nunca desista dos seus sonhos. Como minha mãe sempre diz: a oportunidade só passa uma vez. Faça dos seus sonhos, realidades.
"Quem acredita sempre alcança (Renato Russo). Beijos a todos vocês do jornal CIDADÃO. E muito obrigado. Pode deixar que vou mantê-los informados. Beijão!!! e ..."Vamos Brasilllllllllllll".