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Javalis destroem plantações em Ouroeste



Javalis destroem plantações em Ouroeste
Fazendeiros de Ouroeste têm reclamado da invasão de javalis em suas fazendas. Os animais destroem plantações, ferem animais domésticos e causam danos às plantações agrícolas do município.

De acordo com Lousiane Amâncio, veterinária da Casa Agrícola de Ouroeste, o motivo da existência dos javalis na região seria a procriação inadequada da espécie. Ela conta que não há fatos que confirmem a hipótese.

“Um casal de javalis escapou de uma fazenda no distrito de Arabá e procriou no mato. Eles se multiplicaram e agora atacam roças e fazendas”, disse a veterinária.

Lousiane declarou que além de comer as plantações eles atacam animais pequenos, como cachorros. “Cheguei a atender três animais que foram feridos por javalis. Eles são muito agressivos”.
Uma das fazendas atacadas foi a do engenheiro agrônomo da prefeitura de Ouroeste, João Barbar Neto. Ele contou que cerca de 20 javalis destruíram a plantação de milho.

“Eles comem tudo, destroem a área de plantio e geram um prejuízo de 20%. Eles têm atacado nossas plantações desde novembro do ano passado”.

Segundo a veterinária não há muito a ser feito pela prefeitura. Os animais necessitam de assistência especializada para serem removidos.

“Temos que entrar em contato com algum órgão preparado para lidar com isso. O Ibama ou a Polícia Florestal. Eles podem ser selvagens. Não sabemos que medidas tomar”.

O javali é um animal agressivo e resistente que vive em bandos. São mamíferos robustos, muito corpulentos e cobertos por pêlos grossos, podendo atingir até 200 kg de massa. São normalmente menores que suínos domésticos.

A porção dianteira é massiva e grande quando comparada com a porção traseira. A nuca é grossa, com cabeça em forma de cunha e o focinho articulado capaz de revirar o solo. Cada fêmea pode ter de 6 a 10 filhotes por vez, mas somente a metade sobrevive. A espécie atinge a idade reprodutiva aos 10-12 meses. Os javalis comem e danificam plantações e pastagens, também danificando cercas.

É um predador voraz de filhotes de carneiro, galinhas, patos e outros animais. Eles possuem potencial para disseminar doenças a outros animais, domésticos ou selvagens. Transmitem seis tipos de doenças, inclusive raiva, leptospirose e febre aftosa. A forma mais eficaz de controle é a caça destes animais, podendo-se inclusive fazer uso da carne. Todo processo de controle deve ser realizado com equipamento de segurança e, no caso de uso de produtos químicos, seguindo a orientação do fabricante e observando cuidados para evitar impactos ambientais paralelos. O envenenamento também pode ser eficaz, porém, nesse caso, a carne não pode ser aproveitada.