Juiz pode homologar acordo entre IFC e Grupo Arantes para sucessão em frigorífico

Caso receba sinal verde da Fazenda Estadual e da Federal, o juiz Heitor Katsumi Miúra, da 2ª Vara Cível da Comarca de Fernandópolis, deverá homologar acordo feito através de aditamento pelo Grupo Arantes Alimentos Ltda., o International Food Company (IFC) e o Frigorífico Mozaquatro, para que o Grupo Arantes assuma as instalações do frigorífico de Fernandópolis.

De acordo com o que foi referendado pelas partes, o Arantes assumirá o pagamento dos encargos trabalhistas pendentes, pagará pelo arrendamento o valor de R$ 100 mil mensais e terá que manter o frigorífico em funcionamento por no mínimo dois anos.

Caso o mercado europeu reabra as portas para a carne paulista, ao pagamento será acrescido o equivalente a US$ 40 mil mensais. Esse, aliás, foi o ponto crucial que afastou das negociações o Estrela Alimentos, do empresário Vadão Gomes. Vadão não concordava com o plus de US$ 40 mil na hipótese da liberação de exportação ao mercado comum europeu.

Segundo o empresário fernandopolense Carlos Lima, que acompanhou as negociações desde que o Grupo Arantes entrou na disputa, “a vantagem está no fato do Grupo Arantes trabalhar com produtos manufaturados, que geram valor agregado à carne. Isso dá mais estabilidade à mão-de-obra e traz mais divisas para o município”.

Lima acredita que haverá aquecimento no mercado de embalagens e que a unidade frigorífica não ficará tão exposta às intempéries do ‘abre e fecha’ do mercado internacional. “Fugiremos das ‘commodities’ da carne”, previu.

O frigorífico de Fernandópolis, que pertence ao Grupo Mozaquatro e estava arrendado ao IFC, empregava cerca de 600 pessoas. Boa parte dessa mão-de-obra será reabsorvida.