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Justiça de Jales aceita denúncia contra ex-tesoureira por desvios de R$ 9 milhões



Justiça de Jales aceita denúncia contra ex-tesoureira por desvios de R$ 9 milhões
Érica Cristina Carpi Oliveira foi presa na Operação Farra no Tesouro

A Justiça de Jales aceitou, na quarta-feira, 5, a denúncia do Ministério Público contra a ex-tesoureira da Prefeitura de Jales, Érica Cristina Carpi Oliveira, e outras três pessoas por enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. O grupo era investigado por desvios milionários que chegam a R$ 9 milhões. O inquérito resultou na operação Farra no Tesouro, que teve três etapas, a última delas em novembro de 2019.

Além de Érica, foram indiciados o marido dela, Roberto Santos Oliveira, a irmã, Simone Paula Carpi Brandt e o cunhado, Marlon Fernando Brandt dos Santos. De acordo com as investigações, os recursos desviados da prefeitura pela ex-tesoureira eram direcionados para as contas do marido e investimentos nas lojas e imóveis do casal, além de pagamentos de salões de beleza, boutiques, cirurgiões plásticos, dermatologistas, esteticistas, viagens e festas para a família.

Os desvios ocorreram durante, pelo menos, dez anos. Segundo a Polícia Federal, nos últimos anos, Carpi desviava até R$ 200 mil sem qualquer supervisão dos superiores hierárquicos. Uma das contas utilizadas para a fraude estava cadastrada em nome do Fundo Municipal da Saúde. De acordo com a juíza Maria Paula Branquinho Pini, da 2ª Vara Cível de Jales, os indícios de fraudes nas contas da prefeitura de Jales são robustos.

"O valor probante dos documentos que instruíram a inicial e a descrição de atos de improbidade que estes réus teriam praticado constituem matérias de mérito e, como tal, devem ser submetidas à avaliação judicial para a verificação da procedência ou não das alegações", diz o texto. Na primeira fase da operação, Érica e outras cinco pessoas foram presas e, posteriormente, liberadas. (Com Diário da Região)