Laboratório itinerante do Instituto Butantan, conhecido como LabMóvel, que irá acelerar o diagnóstico de exames de Covid-19, sequenciar e mapear o vírus SARS-CoV-2 e as variantes que circulam na na região. O laboratório começa a funcionar no dia 7 de fevereiro em Mirassol.
Além de Mirassol, serão analisados os exames enviados pelas cidades de Fernandópolis, Tanabi, Bálsamo, Bady Bassitt, Guapiaçu e Pindorama.
Representantes do Instituto Butantan e da Saúde destes sete municípios estiveram reunidos quando foi explicado o funcionamento do laboratório e distribuído o material de coleta para a realização dos exames.
O equipamento tecnológico vai possibilitar o diagnóstico da doença em até 24h, contadas a partir do momento em que as amostras chegam ao contêiner. Já o sequenciamento levará de três a seis dias. Todo o processo para análise das variantes dura de 10 a 12 dias.
Por meio do sequenciamento genômico de parte das amostras que deram positivo no exame RT-PCR, é possível saber quais são as regiões mais críticas e as variantes predominantes em cada Departamento Regional de Saúde (DRS).
“Para frear a propagação de uma variante é preciso agir com rapidez, e o equipamento em Mirassol irá aprimorar o processo, diminuir o tempo de entrega, aumentar a eficiência dos resultados. Quanto mais cedo temos o resultado, mais rápido podemos disparar ações sanitárias e de bloqueio ainda mais eficazes, para conter a disseminação do vírus e de variantes na cidade”, explica o diretor do DMS, Frank Hulder de Oliveira.
O laboratório itinerante tem três sequenciadores genéticos, extrator de DNA, centrífuga, geladeira e freezer para armazenamento das amostras e capacidade de processar até 3 mil amostras de exames RT-PCR por semana, com diagnóstico em até 24 horas.
As amostras serão encaminhadas pelos serviços de saúde de Mirassol e demais cidades da região. O laboratório não receberá amostras direto da população.
Os moradores da cidade poderão acompanhar o trabalho dos pesquisadores de perto. Isso porque a estrutura do veículo, de mais de 12 metros de comprimento e quase 3 metros de altura, conta com uma parte de vidro que permite a observação dos procedimentos realizados pelos cientistas e funcionários do Butantan que atuam no projeto.