Os profissionais em Biossegurança, Bioquímica Clínica, Análises Clínicas e Farmácia Bioquímica do Laboratório Paulista de Fernandópolis estão aptos a realizar o exame que detecta o coronavírus e elencaram uma série de dicas práticas sobre a prevenção contra a possibilidade de contaminação pela doença que colocou o mundo em alerta. Os exames antes feitos apenas no particular, agora também foram liberados por alguns planos de saúde.
Conforme a Farmacêutica Bioquímica e Especialista em Análises Clínicas, Denise Rodriguez de Lima Cruz, é recomendável evitar lugares com aglomerações, lavar bem as mãos além de sempre que tossir ou espirrar cobrir a boca e o nariz. Ela menciona que o Brasil está em grau de vigilância II, e que muito ainda deve ser percorrido nas pesquisas para que se possa realmente chegar a conclusões concretas sobre a forma de contagio e método de tratamento.
O coronavírus pertence a uma grande família viral que pode causar tanto resfriados como síndromes respiratórias graves. O mais recente registro do vírus é uma variante que ainda não havia sido identificada, denominada 2019-nCoV.
“Vírus respiratórios, como o coronavírus, podem sofrer mutações genéticas que transformam um vírus conhecido em desconhecido para nosso sistema imune. Além disso, pode alterar o local de ligação do vírus com nossas células. Tipicamente, eles reconhecem apenas as células do trato respiratório superior, causando o resfriado. Mas podem passar a reconhecer células pulmonares e causar também pneumonia, como agora, que é mais grave”, explica o Farmacêutico Carlos Lima, que também integra a equipe do laboratório Paulista.
O novo tipo do coronavírus foi identificado na China, onde já contaminou mais de 80 mil pessoas e causou a morte de mais de 3000 pessoas até sexta-feira,13. A letalidade do vírus é considerada baixa. “A princípio, o maior risco é para pessoas com alguma doença de base: idosos, cardíacos, asmáticos, pessoas transplantadas e com baixa imunidade. Indivíduos saudáveis, fora dos grupos de risco, têm menos chances de complicações graves”, acrescenta Denise Cruz.
Ocorrências da infecção foram confirmadas também em outros 188 países, incluindo Alemanha, França, Itália e Estados Unidos. Segundo Carlos Lima, o grande obstáculo no controle da disseminação do coronavírus – e dos vírus respiratórios em geral – é que a transmissão pode ser feita por pessoas que não apresentam sintomas.
“A transferência destes vírus para outros países é inevitável. Podemos detectar pessoas doentes nas fronteiras, mas não as assintomáticas”, complementa. Além disso, acredita-se que o tempo de incubação do vírus é de duas semanas.