A paralisação das obras de duplicação da Rodovia Vicinal Carlos Gandolfi no trecho entre a Avenida Amadeu Bizelli até a entrada do campus da Universidade Brasil ganhou repercussão esta semana. A retirada de máquinas e funcionários do trecho em obras surpreendeu vereadores e população.
Começou com ouvinte do programa Rotativa no Ar da Rádio Difusora na terça-feira, 21. Fábio Mantovani enviou mensagem e fotos para expor sua preocupação com duas obras de mobilidade urbana na zona sul da cidade: a paralisação da duplicação da Rodovia Vicinal Carlos Gandolfi entre a Avenida Amadeu Bizelli e entrada do campus da Universidade Brasil; e os danos causados pelas chuvas na Avenida dos Ferroviários.
Questionada pela Rádio Difusora e jornal CIDADÃO sobre a paralisação da duplicação, a Secretaria de Comunicação enviou nota ainda na terça-feira informando que “a obra da Carlos Gandolfi prossegue, inclusive na última semana foi plantado grama em todo o talude realizado na elevação da pista no trecho do Antônia Franco”. A Secon não comentou sobre a retirada do maquinário e trabalhadores da área.
Sobre a Avenida dos Ferroviários, a Secon relatou que “a obra não foi finalizada e ainda é de responsabilidade da empreiteira. Eles deram início há pouco dias na ligação da tubulação entre a Avenida dos Ferroviários com o bairro Santo Afonso. Todos os danos que são causados em períodos chuvosos, são de responsabilidade da empreiteira (Conpav Santa Fé Construções e Pavimentação Ltda.), não ficando ônus ao município”.
CÂMARA
No mesmo dia, na terça-feira à noite, a repercussão ocorreu na sessão da Câmara. O vereador João Paulo Cantarella (MDB) tratou do problema ao comentar o requerimento em que pede explicações do Executivo sobre a paralisação da obra.
“Fiquei assustado ao tomar conhecimento por empresários da cidade que relataram que a empreiteira havia retirado maquinários e funcionários da obra. Estive lá, percorri todo o trecho e, de fato, não encontrei nada da empreiteira no trecho”, disse o vereador. Na discussão, os vereadores João Garcia Filho e Gustavo Pinato também reforçaram pedido de explicações. Gustavo chegou a citar que a empreiteira cobra realinhamento de valores do contrato, mas que o setor de obras da prefeitura teria comprovado que não houve erro no orçamento da obra.
A Rádio Difusora FM e jornal CIDADÃO voltaram a fazer novo questionamento à Secom na manhã de quarta-feira, 22. Em nova nota enviada à redação, acrescentou um fato novo na paralisação. O Executivo fala agora em “reprogramação de serviços”.
Diz a nota "A obra prossegue, inclusive na última semana foi executado o plantio de grama batatais no talude na região do bairro Antônia Franco. Ademais, está sendo finalizado pela Secretaria Municipal de Obras o processo de reprogramação da obra. O principal motivo para efetuação desta reprogramação de serviços é que a pista existente da rodovia vicinal foi recentemente recapeada pelo Departamento de Estradas e Rodagens do Estado de São Paulo (DER-SP) e o projeto original não previa esta intervenção. Dessa forma, o valor que seria aplicado para a efetuação do recapeamento asfáltico efetuado pelo DER, está sendo reprogramado para efetuação de outras melhorias na mesma obra”.
A empresa vencedora da licitação é a JR Pavimentação, de Santa Fé do Sul, também foi questionada e não se manifestou sobre retirada de maquinários e funcionários do canteiro de obras. A duplicação foi contratada pelo valor estimado de R$ 5,3 milhões com recursos do Estado e contrapartida do município.