Meio Ambiente

Levantamento indica que 1,7% das árvores da cidade tem risco de queda



Levantamento indica que 1,7% das árvores da cidade tem risco de queda

A queda de um flamboyant de cerca de 30 anos no bairro Morada do Sol, antigo Núcleo da Cesp, chamou a atenção para o risco de queda de árvores na área urbana, especialmente neste período de tempestades. O acidente ocorreu na tarde de domingo e exigiu grande esforço do Corpo de Bombeiros para restabelecer a segurança na área.

O secretário do Meio Ambiente Luis Sérgio Vanzela, de pronto, já elimina o mito de que toda árvore antiga corre risco de queda. “Temos árvores antigas e saudáveis. O que torna uma árvore com risco de queda é quando é acometida por alguma doença ou praga que faz o tronco dela internamente secar mesmo a copa estando frondosa. Com o peso da copa sem a resistência no tronco, qualquer vento pode provocar a queda “, explica.

Vanzela explica que a Secretaria do Meio Ambiente tem um levantamento do quantitativo de árvores no município. “Hoje temos cerca de 48 mil árvores na área urbana, conforme levantamento feito por satélite”, diz. Mas ele lembra que tem outro trabalho realizado por amostragem com cerca de três mil árvores, que é o chamado inventário da arborização urbana. “Nesse trabalho, a gente levanta várias informações das árvores por amostragem e usando uma estatística de margem de erro conseguimos extrapolar para o município todo. Hoje sabemos, por essa amostragem, que 1,7% de toda a arborização urbana existe risco de queda”, acrescenta.

Só que a fiscalização para identificar potenciais risco não é fácil. “Quando o nosso técnico identifica nas fiscalizações, ele nos informa e entramos em contato com a Defesa Civil e eventualmente fazemos a erradicação dessa árvore para antecipar o risco, com o apoio do Corpo de Bombeiros”, reforça.

Fora isso, a secretaria conta com a ação dos munícipes, que sentindo que existe risco de queda de árvore, aciona o Meio Ambiente, Defesa Civil ou Ouvidoria, para que os técnicos possam ir ao local e avaliar o quadro.

Mas, muitas das ocorrências ficam por conta do imponderável dos eventos climáticos, diz o secretário. “Muitas vezes a árvore não tem risco de queda, está saudável, mas mesmo nesta situação, dependendo do evento climático, ventos acima de 60 a 70 km por hora, é possível a queda da árvore. Mas isso é uma situação de risco climático e não do risco da árvore em si”.