Saúde

Lilás, amarelo e azul-marinho, as cores de março que ligam o sinal de alerta



Lilás, amarelo e azul-marinho, as cores de março que ligam o sinal de alerta

Qual a cor de março, mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, no dia 8? Poderia ser a rosa, mas o mês também ganhou novas cores “Azul-Marinho” e “Lilás” com a finalidade de alertar sobre dois tipos de câncer, o do colo do útero e o câncer colorretal; e a amarelo, que traz o alerta para os cuidados com Endometriose. 
O câncer colorretal é o segundo tipo de tumor letal com maior incidência nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama, e o terceiro entre os homens, logo após do câncer de próstata e de pulmão. Por ano, o Brasil registra cerca de 30 mil novos casos da doença com 15 mil mortes. Apesar de números e fatos tão gritantes, saiba que é possível detectar o câncer colorretal em seus estágios iniciais, quando a possibilidade de cura chega a 95%. A campanha ganhou a cor “Azul-marinho”
Já o câncer do colo do útero é uma das maiores causas de morte por câncer entre as mulheres no mundo. Um dos principais fatores que levam ao desenvolvimento do câncer de colo de útero é o vírus HPV (Papiloma Vírus Humano), que é transmitido por meio de relações sexuais. Existem mais de 200 tipos de HPV, mas somente 14 podem causar câncer. Estima-se o diagnóstico de 16 mil novos casos por ano. Para conscientizar a população da importância da prevenção e da detecção precoce foi criada a campanha “março lilás”.
A vacinação contra o vírus HPV, causador da doença, é uma das frentes de combate  ao câncer do colo do útero, mas a procura pela vacina ainda é um desafio para autoridades de saúde. A pandemia da Covid-19 contribuiu ainda mais para reduzir o número de adolescentes vacinadas.
As medidas envolvem prática de sexo seguro, realização do exame papanicolau anualmente e se consultar com médico ginecologista regularmente. Este é um tipo de câncer que leva anos para se desenvolver e que na fase inicial pode não apresentar sintomas. 
No mundo, estima-se que entre 25% e 50 % da população feminina e 50% da população masculina esteja infectada pelo HPV. Mas, a maioria com infecção transitória, combatida espontaneamente pelo sistema imune.
Março Amarelo foca na Endometriose, que atinge milhares de mulheres. A campanha tem como objetivo trazer conhecimento sobre a Endometriose e alertar para a importância do acompanhamento médico e da realização de exames periódicos que possam diagnosticar a doença o quanto antes, a fim de evitar o seu desenvolvimento, e também para que sejam adotados tratamentos que melhorem a qualidade de vida das pacientes.
Trata-se de uma patologia crônica, ou seja, que não tem uma cura definitiva, é de longa duração e as mulheres afetadas, infelizmente, irão conviver com ela pelo resto da vida. A doença em questão ocorre quando o endométrio, tecido que reveste o útero, cresce em localização extrauterina, principalmente nos órgãos e nas estruturas da pelve feminina.
Com isso, surgem as cólicas intensas e os incômodos. Além disso, a Endometriose possui ligação com a infertilidade. Estima-se que quase 50% das mulheres afetadas por ela possuem dificuldades para engravidar. Segundo a Organização Mundial de Saúde essa enfermidade atinge 7 milhões de mulheres no Brasil.