O mês de maio já superou o total de casos registrados em abril, o que indica que a contaminação pela Covid-19 segue em alta em Fernandópolis, tendência que vem se revelando desde a segunda semana do mês.
De acordo com a semana epidemiológica de 14 a 20 de maio, foram registrados 239 novos casos. O número de mortes por Covid-19 dobrou em comparação à semana de anterior, passando de 6 para 12 óbitos.
Nesta semana, com a curva de novos casos de Covid-19 em alta no Estado, o governador, João Dória, voltou atrás e decidiu abortar a flexibilização prevista para entrar em vigor no dia 1º e prorrogou a fase de transição do Plano São Paulo para todo o Estado até o dia 14 de junho, com as mesmas regras atuais – funcionamento das atividades econômicas até as 21 horas e permissão de 40% de ocupação nos estabelecimentos.
O prefeito André Pessuto (DEM) publicou na quinta-feira, 27, em edição extra do Diário Oficial Eletrônico novo decreto sobre medidas emergenciais, de caráter temporário e excepcional, enquanto estiver em vigência em todo Estado da transição do Plano São Paulo.
No decreto o prefeito segue a fase de transição do Plano São Paulo em relação ao funcionamento de comércio, serviços e realizações de cultos religiosos com ocupação de 40% dos lugares. Fixa o toque de recolher das 22 às 5 horas da manhã, período em que também é proibida a venda de bebida alcoólica.
Havia expectativa de que o prefeito suspendesse aulas presenciais nas redes estadual e privada, por conta de casos de Covid-19 que levaram ao fechamento preventivo de três escolas na cidade: EELAS, Tanuri e JAP. “Na escola EELAS o fechamento foi por conta da infecção de professores, no JAP foi um caso de professor e um aluno e, no Tanuri, por conta de dois alunos que haviam frequentado às aulas 15 dias antes de testarem positivo”, explicou o dirigente de ensino Cândido José da Silva.
A decisão foi tomada após consulta ao Comitê de Contingenciamento do Covid-19 e após reunião nesta quinta-feira com os mantenedores e ou representantes das Escolas Privadas do município de Fernandópolis e o Dirigente Regional de Ensino Região de Fernandópolis.
“Ficam facultadas a realização de aulas presenciais em estabelecimentos e instituições de ensino e educação, da rede pública estadual ou privada, com 35% (trinta e cinco por cento) de ocupação e com aplicação rigorosa dos protocolos sanitários previstos no Plano São Paulo”, diz o artigo 12 do decreto. As aulas presenciais em estabelecimentos e instituições de ensino e educação da rede pública municipal seguem vetadas.
O decreto veda, de outra parte, aulas e atividades presenciais nos estabelecimentos de ensino superior, medida que atinge a Universidade Brasil e Fundação Educacional de Fernandópolis que terão que manter aulas e atividades remotas.
Em nota, a Universidade Brasil informou o cancelamento das provas presenciais marcadas para o período entre os dias 7 e 12 de junho. “Por consequência, as repositivas, assim como o Exame Final também serão online. Estamos obedecendo rigorosamente as determinações das autoridades públicas locais”, diz a nota.
Ainda na nota, a UB informa que atualmente no campus, as aulas práticas dos cursos de saúde já retornaram presencialmente e estão transcorrendo normalmente. “Estamos vacinando os alunos dos últimos anos gradativamente”, enfatiza.
Havia temor que as provas presenciais provocariam grande movimentação de alunos de outras cidades, com riscos para espalhamento de novas cepas do coronavírus.
