Saúde

Mamografias devem ser feitas somente após duas ou quatro semanas da vacina contra Covid-19



Mamografias devem ser feitas somente após duas ou quatro semanas da vacina contra Covid-19

De acordo com um alerta enviado pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama - Femama – as mulheres não devem fazer exames de mamografia imediatamente após terem tomado vacina contra a covid-19. A presidente da entidade, a mastologista Maira Calfelli Caleffi, recomenda aguardar de duas a quatro semanas para a realização do exame e, ainda assim, deve relatar ao médico que tomou o imunizante.

Nas últimas semanas foi registrado um aumento agudo de descrições pelos radiologistas, nos laudos de mamografias e ultrassonografias, da presença de linfonodos, também chamados gânglios ou ínguas, nas axilas das pacientes, sugerindo doenças que deveriam ser investigadas. Segundo Maira, quando a paciente, quando ela não está atenta para isso, realmente se apavora, porém, não é necessário espanto, desde que seja constatado que ela teve vacina naquele braço, ou até no braço contralateral, nos últimos 15 ou 30 dias.

Depois desse período, a médica explica que os linfonodos regridem, isto é, voltam ao normal, na grande maioria das vezes. “Por isso, a Femama está fazendo um alerta para prevenir contra essa preocupação. A gente está pedindo que elas não deixem de fazer os exames. Mas se tomou a vacina de covid-19, aguarde de duas a quatro semanas, porque já tem chance de nem aparecer nada”.

Vacina x câncer

A presidente da Femama esclarece que a vacina contra a covid não provoca câncer. “Essa alteração nos gânglios é uma reação do corpo ao imunizante e não tem nenhuma relação com câncer, célula maligna de qualquer natureza. É uma reação inflamatória, como se fosse até uma febre”.

Ela lembra que se as mulheres que tiverem que fazer o exame de rastreamento, porque estão investigando algum nódulo ou caroço suspeito na mama, devem realizar a mamografia, mas informar o médico que tomaram vacina. “O médico já fica alerta. Essa parte é muito importante”. Segundo a Femama, o aumento dos linfonodos pode ser causado por qualquer injeção ou vacina, e não apenas pelos imunizantes contra a covid-19.