Fernandópolis subiu oito posições no ranking nacional em potencial de consumo. O destaque faz parte da nova edição do IPC Maps - Índice de Potencial de Consumo dos municípios brasileiros -, cujos dados foram liberados nesta semana pela IPC Marketing Editora.
No ranking nacional, o município ganhou oito posições em relação a 2021 (saiu do 353º lugar para 345º). De 2021 para 2022, Fernandópolis aumentou sua participação no consumo nacional, passando de 0,04303% em 2021 para 0,04428% em 2022. “Este ganho de participação de Fernandópolis no potencial de consumo nacional, representará um aporte de R$ 70,5 milhões no bolso da população”, avaliou Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps.
Pazzini explica esse aporte de R$ 70,5 milhões: “se aplicarmos o IPC Maps de 2021 de Fernandópolis (0,04303) multiplicado pelo valor do potencial de consumo do Brasil de 2022 (R$ 5,641 trilhões), chegaremos ao montante de R$ 2.427.736.153,00. Portanto, esse teria sido o potencial de consumo de Fernandópolis em 2021, a valores de 2022. Como o potencial de consumo de Fernandópolis em 2022 é igual a R$ 2.498.282.889,00, o ganho real em valor, portanto, foi igual a R$ 70,5 milhões”. Se levar em conta apenas a variação nominal (sem a inflação), o índice de 2022 registrou aumento de R$ 314.6 milhões na comparação com 2021.
EFEITO PANDEMIA
Em termos de quantidade de empresas, Fernandópolis teve desempenho negativo entre 2021 e 2022, a exemplo do que aconteceu no Estado de SP e no Brasil durante o período da pandemia. Na avaliação de Pazzini, houve o fechamento de 613 unidades empresariais, com destaque negativo para o setor de Comércio, com fechamento de 313 empresas e destaque positivo para o setor do Agronegócio, com abertura de 107 empresas”.
“Na análise de domicílios por classe econômica, entre 2021 e 2022, houve crescimento de 94 domicílios urbanos no município, com aumento de 319 domicílios na classe D/E e de 126 domicílios na classe A. Já as classes B e C tiveram desempenho negativo, sendo que a classe B perdeu 23 domicílios e a classe C perdeu 324 domicílios”, explicou.
O IPC Maps analisa todos os 5.570 municípios do Brasil, com base em dados oficiais, por meio de recursos de geoprocessamento. No ranking, é apresentado, em números absolutos, a expectativa de desempenho do consumidor frente a 22 categorias de produtos. O trabalho ainda traça indicadores que permitem uma leitura mais ampla da economia, a exemplo das categorias de hábitos de consumo, faixa etária dos consumidores e perfil empresarial.
No caso de Fernandópolis, o setor de habitação lidera a lista dos cinco principais produtos de consumo. Os fernandopolenses devem injetar R$ 703 milhões este ano. Na sequência, estão: veículo próprio (R$ 262 milhões), alimentação no domicílio (R$ 213 milhões), alimentação fora do domicílio (R$ 91 milhões) e materiais para construção (R$ 91 milhões).
O IPC Maps 2022 também mostra que o consumo per capita da população está estimado em R$ 35.671,84 por ano entre os residentes na área urbana. Entre os que vivem na zona rural, o consumo per capital anual é de R$ 37.623,72.
No geral, as classes socioeconômicas B e C são as principais consumidoras, concentrando, respectivamente, 39% e 42% de todo o potencial de consumo fernandopolense. Juntas, as classes B e C correspondem a 76,5% do consumo da população.
Ainda de acordo com o IPC Maps, 43% das empresas em Fernandópolis atuam no setor de serviços. O comércio (24%) ocupa a segunda posição. Os setores da agribusiness (19%) e indústria (12%) completam a lista.