A iniciativa pode ser o grande diferencial para sair da crise em virtude da pandemia do novo coronavírus. O primeiro Marketplace nasceu no ano de 1995, em San José, Califórnia, EUA. Fundado pelo francês Pierre Omidyar que lançou a plataforma eBay na internet. A partir de então, surgiu um mercado que se tornou cada vez maior por ter sempre clientes interessados nos produtos que estão à venda, por mais diferentes que pareçam ser. A ideia de criar condições para que os clientes pudessem conhecer fornecedores tornou-se uma base para a definição de mercados, fazendo com que o segmento atraísse milhões de internautas dispostos a comprar algo.
Com o rápido crescimento da internet em esfera global, os Marketplaces se consolidaram como uma modalidade de mercado bilionária e fez surgir em diversos países, verdadeiros shopping centers online como Amazon, PayPay Mall, Mercado Livre, AliExpress, FlipKart, Allegro, Americanas, iFood, entre outros. No Brasil, a aceitação da modalidade se deu com maior expressividade apenas no setor de alimentação, tendo o iFood como o maior do segmento.
Entretanto, com a crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus e em face das medidas restritivas ou de isolamento social adotadas no Brasil, o mercado tradicional teve que migrar para o ambiente virtual como alternativa para a sobrevivência, sobretudo, os menores empreendimentos. Baratos, seguros, eficientes, personalizáveis e fáceis de usar, os Marketplaces apresentam-se como boa alternativa comercial para esses tempos de crises.
MERCADO LOCAL
Em Fernandópolis, uma parceria entre a Acif – Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis – e a empresa MídiaVox resultou no lançamento de um Marketplace que reúne diversas lojas do município. O site foi lançado há cerca de 30 dias e conta com 31 lojas cadastradas.
“A nossa meta é chegar até 31 de Agosto com 150 empresas cadastradas, entre elas MEIs, ME, MPE e médias empresas. Queremos também dar oportunidade para o pequeno empreendedor, que possui seu próprio negócio em casa. Já possuímos alguns parceiros que estão efetuando suas vendas e exposição dos seus produtos online”, informou a Acif.
Dividido em nove categorias e subcategorias, o “comprefernandopolis.com” oferece produtos e serviços que podem ser comprados pela internet. O site foi desenvolvido numa plataforma responsiva, o que possibilita ser aberto sem deformação do layout em qualquer aparelho como computador, tablet e celular.
“A plataforma surgiu para suprir a necessidade das vendas online dos comerciantes de Fernandópolis – principalmente quando estávamos com o comércio fechado. Buscaremos sempre cobrir os custos da hospedagem e investir em melhorias”, destacou o gerente da Acif, Geraldo Paschoalini.
Segundo ele, as empresas associadas têm até 75% de desconto nos planos mensais para utilizar a plataforma como vendedor e podem cadastrar mais produtos do que os anunciantes não associados. Os preços para os associados variam entre R$ 27 e R$ 99 podendo ser cadastrados entre 70 e 300 produtos por loja. Para os não associados, os preços variam entre R$ 108 e R$ 207 podendo ser cadastrados de 40 a 220 produtos por loja. As lojas poderão ser personalizadas com a logo da empresa, uma capa, os dados para contato, endereço de e-mail, além de botões de compartilhamento, inicialização de Chat com o cliente e botões de redes sociais.
“Hoje o comprefernandopolis.com atuará como um atalho para o lojista chegar mais rápido nos consumidores, desde aquele que já é um cliente fixo até aquele que por acaso acessou uma loja online no comprefernandopolis.com e se interessou pelo seu produto. A plataforma busca aumentar a visibilidade das marcas, lojas e serviços locais, atraindo novos consumidores e ajudando a economia da nossa cidade girar. Além das vendas, o empreendedor estará usando o site para expor seus produtos, como uma vitrine online. É um ótimo chamariz e atrativo para as pessoas se conectarem ainda mais com o comércio de Fernandópolis”, acrescentou.
SEM INTERMEDIAÇÃO
O Compre Fernandópolis não intermedia os pagamentos, não cobra porcentagem, taxas ou comissões das vendas online. O valor integral do pedido é recebido do cliente, incluído os valores de taxas de entrega cobradas pelo vendedor.
“O vendedor poderá expor os seus produtos e receber pedidos online. Todo o processo de compra é realizado no site, exceto o pagamento, que é realizado no momento da entrega do produto” explicou Paschoalini.
Cada vendedor dispõe de um painel dinâmico para que possa cadastrar, alterar e excluir seus produtos, personalizar a loja e depois divulga-la nas redes sociais. Para realizar um pedido, basta clicar no botão “Comprar” do produto desejado que será direcionado ao carrinho, possibilitando selecionar o método de entrega e preencher os dados de cadastro para finalização do pedido que será enviado a confirmação para o e-mail do cliente. A partir de então, entra a fase de processamento realizado pela loja. A entrega é feita diretamente pela loja e qualquer problema relacionado a compra, o cliente poderá entrar em contato direto com o vendedor.
Se a inciativa vai ter boa aceitação ainda é cedo para saber. Igualmente, tão importante quanto ter lojas cadastradas é ter clientes comprando por meio da plataforma. Mas em ambos os casos, esse pode ser o grande diferencial para sair da crise econômica que o município está entrando em virtude da pandemia do novo coronavírus.
Marketplace reúne lojas de Fernandópolis para vencer a crise econômica
