Medidas mais severas contra menores indisciplinados

Acostumados a ouvir palestras brandas, ministradas pelo Juiz da 3ª Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, os alunos da Escola Estadual Afonso Cáfaro foram repreendidos duramente na noite de terça-feira.

As polícias Civil e Militar, membros do Conselho Tutelar e os juizes de direito Alceu Correa Júnior e Heitor Myura acompanharam Pelarin na visita. Convidado pela direção da instituição de ensino, o magistrado continha uma lista com nomes dos alunos mais indisciplinados.

Sala por sala, o juiz fazia os estudantes listados se levantarem e dava conselhos duros e rígidos. “Escola não é lugar de baderna ou vandalismo, é uma instituição em que o aluno deve aprender e construir, não destruir”, disse Evandro.

Conduta no vestuário – como o uso de bonés - e de comportamento, como faltas constantes às aulas e desinteresse foram temas abordados. As repressões por mau comportamento foram explicitadas aos jovens. “Não vamos mais fazer palestras nas escolas, a partir de agora, a diretoria que nos convidar irá receber agentes e juizes dispostos a penalizar os infratores, com base no ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]”, alertou o juiz da Vara de Menores.

Na operação, o Conselho Tutelar encaminhou seis menores à sede para que fossem fichados. Segundo Pelarin, se a comitiva retornar ao Cáfaro, irá investigar os alunos que depredam paredes, carteiras e portas e os fará pagar os danos materiais.

De acordo com análises realizadas pelos conselheiros, o Cáfaro é a escola que mais tem denúncias e índices de indisciplina na cidade. A mesma ronda será realizada em outros colégios mediante convite de diretores.